Hoje fizemos uma visita ao território da UBS Jd. D'Abril.
A visita foi feita de carro, com o motorista da UBS. Demos uma volta pelo território passando por todas as áreas e reparando um pouco nas características de cada uma delas.
Começamos passando pela área azul. As casas eram bem simples e vimos que tinham três viaturas da polícia estacionadas na rua em que passamos. Parece que tinha acontecido alguma intercorrência na 'praça' e por isso os policiais estavam no local.
Quando a preceptora nos contou da tal 'praça' a imagem que veio a cabeça de todos era de verdade uma praça, de onde veríamos o território ou algo parecido. Ficaram todos surpresos ao ver uma imensidão de casinhas amontoadas numa espécie de depressão de terra, a qual não é visível por fora, somente olhando pelas vielas das ruas que a circundam. Foi mencionado que o controle da área, tanto em segurança como saúde é difícil devido ao acesso limitado, e que o acesso da equipe só acontece junto aos ACS's.
Continuamos a visita passando pela área amarela, com casas mais arrumadas e seus portões bonitos, sendo a parte mais complicada da área um antigo alojamento aos trabalhadores de uma fábrica, que hoje foi ocupada, e um dos maiores problemas visivelmente é o lixo, em muita quantidade jogado a céu aberto.
As áreas verde e vermelha também foram visitadas, e segundo as preceptoras seguiam a mesma característica das áreas anteriores, tendo tanto regiões mais tranquilas, e outras mais complicadas. Durante a visita também vimos uma prévia de alguns equipamentos que serão melhor discutidos posteriormente, numa outra visita.
O fim da visita foi passando pelo Parque dos Príncipes. É visível a enorme discrepância de realidades, andando por no máximo 2 minutos de carro. É um bairro de casas nobres com um colégio bem reconhecido e caro de se estudar. Passando por essa área foram sendo apontadas as casas que contavam com o serviço da estratégia. Eram poucas, porém já me admirou que algumas pessoas contavam com o atendimento do posto, e não só com os seus convênio médicos, como é comum em outras regiões.
Após toda a visita deu para ter uma boa idéia de como funciona o território e a própria ESF.
Dentre todas as curiosidades o que mais me chocou foi a enorme área escondida dentro do território, que deve ter muita carência de cuidados em todas as áreas. Fiquei imaginando como chegava um cuidado de saúde lá dentro, e a própria resistência da população à entrada de pessoas externas. Deve ser algo difícil de se trabalhar, com o que os profissionais devem estar preparados.
Além disso, claro, novamente fiquei espantada com a diferença social tão próxima que é vista passando para o bairro do Parque dos Príncipes. Isso me fez pensar também que, na verdade, os profissionais da estratégia devem estar preparados mesmo para todos os tipos de situações, pois é visível as diferenças de habitação e população dentro de uma mesma área.
Não é possível entender como acontece tanta diferença assim numa mesma população, e o pior é saber que esse é um micro exemplo de toda a diferença social que temos em São Paulo, que é acompanhada em todo o Brasil.
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