segunda-feira, 22 de outubro de 2012

19/10 - Nicole

      A proposta do trabalho de hoje foi conhecer o território da UBS. Antes disso, fomos a um núcleo de convivência da área verde ( que agora esqueci o nome) e participamos de um grupo chamado bem-viver, que naquele dia se propôs a dar a prática corporal Tai-chi. Infelizmente  naquela tarde nós alunos e a médica Carol fomos os únicos a comparecer ao grupo. As ACS disseram que normalmente comparecem pelo menos umas 4 pessoas, mas justo naquele dia não foi mais ninguém. Achei muito interessante a proposta e acredito ser uma ação efetiva de promoção de saúde. Também gostei de saber que o grupo é dado somente pelas ACS e não há nenhum profissional de nível superior coordenando. Considero muito importante que as ACS  se apropriem e se envolvam em espaços como esse.

      Depois de participar do grupo, fomos conhecer o território com a Carol. Passamos por todas as áreas de referencia da unidade. Percebi que as áreas são bem heterogêneas entre si e nelas próprias. O que ficou mais evidente pra mim ( e que me choca bastante) é a forma escancarada que se apresenta a desigualdade social do território. A rua que divide o parque dos Príncipes da favela demonstra muito isso. Também observamos a diferença da arborização e da presença de praças e/ou lugares comuns nos dois pólos, sendo o pólo classe alta muito mais privilegiado nesse sentido. A partir dessa vivencia, foi possível fazer uma articulação com o texto sobre território indicado para leitura, no qual é exposto que "O território como disputa entre grupos antagônicos tem levado à desterritorialização dos mais fracos", sendo desterritorialização definido como "o que se produz no processo de desapropriação do espaço social, tanto do ponto de vista concreto como simbólico. Lugares são desconectados dos circuitos integradores da sociedade capitalista: mercado de trabalho, consumo e cidadania" (Carvalho)

    

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