quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Visitas de Enfermagem

Quinta-feira passada, 18/08, novamente acompanhei um grupo de hipertensos e diabéticos de uma micro-área diferente dentro da área verde, neste dia a enfermeira Kamila assumiu como a "responsável técnica" na ausência da drª Madalena, assim como na postagem anterior, a equipe de odontologia da UBS ministrou uma palestra correlacionando a diabetes e a odontologia e ao término distribuiu-se escovas e fio-dental. Algo interessante que pude observar neste grupo, foi um menor público porém mais jovem e mais participativo e dinâmico durante a palestra.

Além de acompanhar o grupo em questão, pude participar de visitas de enfermagem. Primeiramente visitamos uma senhora a qual possui uma doença rara e que não tem o habito de ir a Unidade,trata-se de uma velha conhecida da equipe do posto, se queixava de tudo, de acordo com ela o remédio "bom" e que a doutora não passou mais é um antibiótico, se dependesse dela tomaria todos os dias por tempo indeterminado, vejamos ai a ingenuidade e a falta de conhecimento de um leigo, haja vista que insistentemente a enfermeira Kamila alertou a paciente sobre tal medida e os perigos do medicamento, mas senhora é dura na queda e não dá o braço a torcer. Durante a visita e a troca de informações entre a equipe e a senhora, fui apelidado de "tio" por duas criancinhas, creio que são netos da paciente, neste episódio engraçado me mostraram todos os seus brinquedos e tive que entrar na diversão e distraí-los, ou será que foi ao contrario?

Por fim, ao término desta visita nos dirigimos para realizar uma outra, sendo esta ao puerpério, primeiramente o cenário em questão era totalmente contrastante, agora nos deparamos com a "comunidade" carente, nós entramos em um pequeno portão/porta e dentro deste terreno vimos uma construção totalmente irregular, aleatória e porque não dizer precária, devido as condições imaginei que neste pedaço de terra moravam umas 8 famílias, mas de acordo com a ACS alí moravam 'apenas' 16 famílias, é de causar espanto, mas o melhor estava por vir.
A recém mãe nos chamou para entrarmos em sua casa, esta creio que não passava de 9 m². A mãe tinha apenas 19 anos, e a menos de um mês teve a criança, mas esta tem outro filho de 4 anos o qual mora coma avó materna. A enfermeira Kamila adota todos os procedimentos básicos de análise e orientação a recentemente mãe, durante a visita chegou o pai, este segundo a mãe não mora com o filho, o homem se mostrou bastante interessado e disposto com relação ao seu filho, creio que fruto da maturidade, já que aparentemente este teria pelo menos 20 a 25 anos a mais que a mãe da criança, ou seja, mais que o dobro.
Realmente aquela situação é bastante chocante para aquele pequenino ser, que sem ter culpa de nada sofrerá em meio aquelas condições as quais seus pais e familiares estão envolvidos, e então eu me pergunto, de quem que é a culpa?


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