No dia 9/08 participei de uma reunião do NASF sobre saúde mental. As agentes comunitárias traziam os casos que gostariam de discutir, assim como os outros profissionais e eram feitas trocas de pontos de vista e de conhecimento de cada área representada pelos profissionais ali presentes.
Achei realmente muito interessante como eram abordados os casos e como a TO e a psicóloga tentavam trazer o contexto de vida da paciente para que se pudesse entender suas ações e modos de se colocar no mundo. A médica, a TO, a psicóloga, as agentes de saúde e as estudantes pensaram juntas um plano de conduta para o caso discutido e formas de que o mesmo seja colocado em prática de maneira efetiva e de acordo com as possibilidades e limitações da usuária.
Para mim, que faço graduação em psicologia foi muito rico e interessante participar desta reunião e considero esta interdisciplinaridade fundamental para se pensar os casos de forma mais abrangente!
Após esta reunião, participei da reunião da Equipe Amarela, com a médica Carol e seis agentes comunitárias. Nesta, a médica passou para as agentes dadas de consultas que foram alteradas, agendou visitas, as agentes trouxeram casos novos e ocorreram algumas discussões sobre as situações dos pacientes.
Fiquei impressionada com a correria que os profissionais precisam estar para dar conta de tudo. Realmente acredito que há uma demanda muito grande para os mesmos. Este meu incômodo surgiu a partir de uma usuária que entrou na sala de reuniões e foi muito mal educada com a médica, pois afirmou que estava esperando há muito tempo para seu filho ser atendido na demanda. Aquilo me incomodou muito, pois eu vi o trabalho que é discutir cada caso e o cuidado que os profissionais têm com os usuários e naquele momento o discurso daquela mulher ia contra tudo isso.
Claro que é possível entender o desespero daquela mãe, mas para mim era visível que a equipe faz de tudo para conseguir dar conta e atender bem todos os pacientes.
Fiquei um tempo na sala de espera e acompanhei a revolta de outros usuários com o caso. Eles diziam que “médico é para atender e que não pode fazê-los esperar devido à reuniões” (sic). Achei muito positivo que uma das funcionárias, muito educadamente, explicou a necessidade das reuniões e disse que eles poderiam ter voz para os incômodos que estavam expondo em uma reunião que é aberta para eles. Deu todas as informações.
Acredito que é só quando as pessoas tiverem consciência de como funciona o serviço e da necessidade de cada ação é que elas poderão compreender melhor como as coisas funcionam e as possibilidades e limitações do serviço. E neste espaço, também podem reivindicar por melhorias no sistema de saúde. Esta funcionária respondeu aos insultos com uma possibilidade de educação e de informação sobre os direitos desses usuários. No meu ponto de vista, foi uma ótima atuação!
Pessoal, desculpa. Agora que vi que tem alguns errinhos no texto que eu não havia visto. um beijo!
ResponderExcluirConcordo com você, Amanda. Realmente, há uma demanda enorme para tão poucos profissionais trabalhando na UBS. Mas a raíz do problema é o governo que não investe em saúde; e sei que as Unidades Básicas de Saúde, em geral, não possuem verba para contratar mais profissionais.
ResponderExcluirNão sei o que poderia ser feito para que os políticos parassem de pensar em seus próprios bolsos e olhassem um pouco mais para o povo. Falta verba em saúde!
E... por enquanto é só.
OBS: Quanto aos errinhos, vc pode editar seu texto clicando em "Nova postagem" no canto direito superior da tela e depois na aba "Editar postagens". ^.~
Beijos
obrigada Karina =)
ResponderExcluir