Hoje participei do agendamento de consultas com a médica Ana Paula. Foi muito interessante ver que a maioria das pessoas entendeu o motivo daquele procedimento e os critérios para a ordem de chamada. O processo foi rápido e percebi que algumas pessoas confundem problemas que levam ao agendamento de consultas com outros que devem ser atendidos na demanda espontânea. Fora isso, o processo foi bem tranquilo.
Após o agendamento, acompanhei a reunião relacionada à saúde mental do NASF. Hoje ficou mais claro para mim que não são discutidos apenas casos relacionados à saúde mental, mas alguns que necessitam da avaliação da Fisioterapia, TO, Psicologia e Nutrição. Foram discutidos seis casos bem diferentes. Em um deles há a suspeita de demência alcoólica e foi muito legal a discussão e esclarecimento deste tipo de doença. Em todos os casos a conduta foi discutida e também quais profissionais iriam agir diretamente com aqueles usuários. O último caso era atendido por duas alunas do PET- Saúde Mental e elas relataram os atendimentos e a equipe refletiu com elas sobre o que está acontecendo e sobre futuras intervenções.
Particularmente acho muito rica esta reunião e é possível aprender muita coisa com os outros profissionais. É uma troca efetiva e sinto um olhar do paciente como um todo.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Consultas médicas - PSF e demanda espontânea
Olá a todos,
Hoje, dia 26 de Agosto, acompanhei 3 consultas médicas: uma da área verde, com a médica Madalena, uma da área amarela com a Carol e outra da demanda espontânea também com a Carol. De maneira geral, pude observar nas consultas médicas os princípios da longitudinalidade e da resolutividade.
Na consulta da Dra. Madalena, percebi que além do histórico, a médica também conhecia a história da paciente. Era uma fumante, com bronquite, sentia falta de ar com o mínimo de esforço físico, ao manusear produtos de limpeza e também reclamou da mudança de tempo. A Dra. notou uma melhora significativa no quadro clínico da paciente (resolutividade) auscultando seu peito, passou orientações novamente e disse que se houvesse necessidade, poderia fazer o encaminhamento para um pneumologista (Referência).
Na demanda espontânea, um idoso cadeirante, acompanhado pela esposa, apresentava infecção bacteriana na pele próximo ao pé direito; a Dra. Carol já o havia atendido há dois dias, aplicou uma injeção de penicilina e ele foi para casa. Hoje, ele voltou pois teve diarréia, sua esposa preocupada achou que foi alguma reação alérgica, mas a Dra. explicou que foi apenas uma reação ao antibiótico (mudança da flora intestinal). Notou uma melhora no estado clínico dele (resolutividade), apesar disso, era necessário que o paciente estendesse as pernas ao nível do peito para que auxiliasse na circulação e melhorar a eficácia do antibiótico. Esse casal não falava português muito bem, a esposa, porta-voz do marido, misturava frases em japonês e português e, a Dra. conseguia entender e ainda falou um pouquinho em japonês com eles. Arrasou!
Logo seguimos para uma consulta do PSF. A paciente teve anemia, e com a intervenção da Dra. Carol, nessa consulta ela já estava com o quadro clínico normalizado (resolutividade). A paciente reclamou do ganho de peso, colocando a culpa no feijão a mais que ela havia consumido. Ao final da consulta, perguntei à Carol se a paciente não poderia ser encaminhada à nutricionista do NASF, e sim, ela poderia se tivesse manifestado interesse ou se não tivesse apresentado melhora em seu estado clínico (para receber orientações sobre sua dieta).
As consultas são muito boas e eficazes. Parabéns às Doutoras.
Hoje, dia 26 de Agosto, acompanhei 3 consultas médicas: uma da área verde, com a médica Madalena, uma da área amarela com a Carol e outra da demanda espontânea também com a Carol. De maneira geral, pude observar nas consultas médicas os princípios da longitudinalidade e da resolutividade.
Na consulta da Dra. Madalena, percebi que além do histórico, a médica também conhecia a história da paciente. Era uma fumante, com bronquite, sentia falta de ar com o mínimo de esforço físico, ao manusear produtos de limpeza e também reclamou da mudança de tempo. A Dra. notou uma melhora significativa no quadro clínico da paciente (resolutividade) auscultando seu peito, passou orientações novamente e disse que se houvesse necessidade, poderia fazer o encaminhamento para um pneumologista (Referência).
Na demanda espontânea, um idoso cadeirante, acompanhado pela esposa, apresentava infecção bacteriana na pele próximo ao pé direito; a Dra. Carol já o havia atendido há dois dias, aplicou uma injeção de penicilina e ele foi para casa. Hoje, ele voltou pois teve diarréia, sua esposa preocupada achou que foi alguma reação alérgica, mas a Dra. explicou que foi apenas uma reação ao antibiótico (mudança da flora intestinal). Notou uma melhora no estado clínico dele (resolutividade), apesar disso, era necessário que o paciente estendesse as pernas ao nível do peito para que auxiliasse na circulação e melhorar a eficácia do antibiótico. Esse casal não falava português muito bem, a esposa, porta-voz do marido, misturava frases em japonês e português e, a Dra. conseguia entender e ainda falou um pouquinho em japonês com eles. Arrasou!
Logo seguimos para uma consulta do PSF. A paciente teve anemia, e com a intervenção da Dra. Carol, nessa consulta ela já estava com o quadro clínico normalizado (resolutividade). A paciente reclamou do ganho de peso, colocando a culpa no feijão a mais que ela havia consumido. Ao final da consulta, perguntei à Carol se a paciente não poderia ser encaminhada à nutricionista do NASF, e sim, ela poderia se tivesse manifestado interesse ou se não tivesse apresentado melhora em seu estado clínico (para receber orientações sobre sua dieta).
As consultas são muito boas e eficazes. Parabéns às Doutoras.
Entrei no blog!
Olá,
espero que agora eu consiga comentar as atividades de vocês!!!
Quarta (24/08) tivemos uma reunião bem interessante, que eu chamaria mais de uma roda de conversa. Nesses momentos temos a oportunidade de fazer perguntas sem constrangimentos, e assim, cada um de nós inclui mais uma peça desse quebra-cabeças (em nossas próprias cabeças) que é o nosso Sistema de Saúde.
Legal que sempre a equipe procurava relacionar a experiência que os alunos tiveram na Unidade com os princípios do SUS, mostrando, como se aplicam na prática, cada um dos princípios e diretrizes. Falamos da contra-referência, integralidade, universalidade e também dos convênios, do acesso, do caso da Santa Casa de Belém....Enfim, espero que todos tenham aproveitado o momento e sempre procurem, ao ler/ver notícias/comentários sobre o 'SUS', pensem nesses profissionais que se doam para melhorar a situação não só da saúde da população mas do próprio sistema.
Abs a todos, Simone
espero que agora eu consiga comentar as atividades de vocês!!!
Quarta (24/08) tivemos uma reunião bem interessante, que eu chamaria mais de uma roda de conversa. Nesses momentos temos a oportunidade de fazer perguntas sem constrangimentos, e assim, cada um de nós inclui mais uma peça desse quebra-cabeças (em nossas próprias cabeças) que é o nosso Sistema de Saúde.
Legal que sempre a equipe procurava relacionar a experiência que os alunos tiveram na Unidade com os princípios do SUS, mostrando, como se aplicam na prática, cada um dos princípios e diretrizes. Falamos da contra-referência, integralidade, universalidade e também dos convênios, do acesso, do caso da Santa Casa de Belém....Enfim, espero que todos tenham aproveitado o momento e sempre procurem, ao ler/ver notícias/comentários sobre o 'SUS', pensem nesses profissionais que se doam para melhorar a situação não só da saúde da população mas do próprio sistema.
Abs a todos, Simone
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Tarefas realizadas no decorrer do PET
Venho aqui postar as experiências que tive no decorrer das minhas visitas à UBS, e que devido à problemas com o blog não consegui fazer antes.
Em minha primeira visita ao Jardim D´Abril, fiz com a Kamila o reconhecimento primeiramente da própria UBS e parte de seus funcionários, para depois fazer o reconhecimento do território.No decorrer do caminho, pude conhecer um pouco mais a fundo a estratégia de divisão da região em areas e subareas, e assim, conversando com minha preceptora acabei compreendendo melhor o funcionamento da estratégia saúde da familia. Nesta atividade, o que mais me chamou a atenção foi o contraste existente entre grande parte da comunidade e as regiões mais valorizadas, como o parque do principes.
Por fim, acabei no mesmo dia indo visitar o grupo de hipertensos da equipe verde, ao lado da UBS.Apesar de pouco movimentado no dia, conversando com a Kamila pude entender melhor o funcionamento e a dinâmica dos grupo, e assim, vincular a importância da formação dos mesmos para melhor divulgação do conhecimento e assim sua contribuição na promoção à saúde.
Em minha segunda visita à UBS,realizamos a atividade sombra.Com essa atividade, pude acompanhar de perto o atendimento na demanda de uma senhora que havia levado sua sobrinha devido à uma queixa de dor de garganta.A principio,a senhora precisou fazer o cadastro da menina, e no decorrer deste processo pude fazer algumas perguntas quanto ao atendimento e em relação à procura dos serviço de atenção básica quando houvesse demanda de necessidade.A partir dessas perguntas, ela se mostrou satisfeita quanto à efetividade do serviço na resolução da problema, porém se mostrou insatisfeita com a demora nos intervalos de procedimentos entre as consultas com auxiliar de enfermagem, enfermeiros e médicos.Após a passagem com a enfermeira, foi constatado que a menina estava com a garganta inflamada, e no intervalo entre a consulta com a enfermeira e a consulta com o médico houve uma espera de aproximadamente uma hora e meia.
Dentro desse longo intervalo, tive a oportunidade de conversar com diversos profissionais dentro da unidade.Dentre esses, conversei primeiramente com uma auxiliar de enfemagem, que pode me explicar um pouco sobre a profissão e assim me esclarecer o seu papel dentro do contexto da UBS. Depois de conversar com a auxiliar de enfermagem, pude conhecer um pouco do serviço dos agentes comunitários, que assim puderam me explicar um pouco da importância de seu papel na criação de um elo de comunicação entre aa UBS e a comunidade.
Por fim, acabei não conseguindo acompanhar integralmente o usuário desde a entrada até a saída, não conseguindo nem a menos entrar com a senhora na consulta com o médico, que por sua vez demorou para atende-lá devido á uma reunião que até minha saída não havia acabado.Apesar de todo o tempo de espera,o caso da menina não era grave o suficiente para exigir a disponibilidade do médico fora do horário de consulta.
Em minha próxima visita, acompanhei a auxiliar de enfermagem Camila até um dos grupos, aonde iria ocorrer uma atividade de entretenimento.No local do grupo, reuniram-se varias pessoas para jogar bingo,onde os vencedores poderiam levar um brinde que consistia em objetos de diferentes naturezas, desde sabonetes a tapperwares.Julguei importante essa visita ao grupo pois pude perceber e associar a atividade a outras dimensões do conceito de saúde definido pelo SUS que fogem do contexto bidimensional prevenção e cura e extrapolam para o conteúdo social, enfatizando a importância do estabelecimento de grupos que proporcionem simplesmente encontros entre as pessoas da comunidade.
Em minha primeira visita ao Jardim D´Abril, fiz com a Kamila o reconhecimento primeiramente da própria UBS e parte de seus funcionários, para depois fazer o reconhecimento do território.No decorrer do caminho, pude conhecer um pouco mais a fundo a estratégia de divisão da região em areas e subareas, e assim, conversando com minha preceptora acabei compreendendo melhor o funcionamento da estratégia saúde da familia. Nesta atividade, o que mais me chamou a atenção foi o contraste existente entre grande parte da comunidade e as regiões mais valorizadas, como o parque do principes.
Por fim, acabei no mesmo dia indo visitar o grupo de hipertensos da equipe verde, ao lado da UBS.Apesar de pouco movimentado no dia, conversando com a Kamila pude entender melhor o funcionamento e a dinâmica dos grupo, e assim, vincular a importância da formação dos mesmos para melhor divulgação do conhecimento e assim sua contribuição na promoção à saúde.
Em minha segunda visita à UBS,realizamos a atividade sombra.Com essa atividade, pude acompanhar de perto o atendimento na demanda de uma senhora que havia levado sua sobrinha devido à uma queixa de dor de garganta.A principio,a senhora precisou fazer o cadastro da menina, e no decorrer deste processo pude fazer algumas perguntas quanto ao atendimento e em relação à procura dos serviço de atenção básica quando houvesse demanda de necessidade.A partir dessas perguntas, ela se mostrou satisfeita quanto à efetividade do serviço na resolução da problema, porém se mostrou insatisfeita com a demora nos intervalos de procedimentos entre as consultas com auxiliar de enfermagem, enfermeiros e médicos.Após a passagem com a enfermeira, foi constatado que a menina estava com a garganta inflamada, e no intervalo entre a consulta com a enfermeira e a consulta com o médico houve uma espera de aproximadamente uma hora e meia.
Dentro desse longo intervalo, tive a oportunidade de conversar com diversos profissionais dentro da unidade.Dentre esses, conversei primeiramente com uma auxiliar de enfemagem, que pode me explicar um pouco sobre a profissão e assim me esclarecer o seu papel dentro do contexto da UBS. Depois de conversar com a auxiliar de enfermagem, pude conhecer um pouco do serviço dos agentes comunitários, que assim puderam me explicar um pouco da importância de seu papel na criação de um elo de comunicação entre aa UBS e a comunidade.
Por fim, acabei não conseguindo acompanhar integralmente o usuário desde a entrada até a saída, não conseguindo nem a menos entrar com a senhora na consulta com o médico, que por sua vez demorou para atende-lá devido á uma reunião que até minha saída não havia acabado.Apesar de todo o tempo de espera,o caso da menina não era grave o suficiente para exigir a disponibilidade do médico fora do horário de consulta.
Em minha próxima visita, acompanhei a auxiliar de enfermagem Camila até um dos grupos, aonde iria ocorrer uma atividade de entretenimento.No local do grupo, reuniram-se varias pessoas para jogar bingo,onde os vencedores poderiam levar um brinde que consistia em objetos de diferentes naturezas, desde sabonetes a tapperwares.Julguei importante essa visita ao grupo pois pude perceber e associar a atividade a outras dimensões do conceito de saúde definido pelo SUS que fogem do contexto bidimensional prevenção e cura e extrapolam para o conteúdo social, enfatizando a importância do estabelecimento de grupos que proporcionem simplesmente encontros entre as pessoas da comunidade.
Visitas de Enfermagem
Quinta-feira passada, 18/08, novamente acompanhei um grupo de hipertensos e diabéticos de uma micro-área diferente dentro da área verde, neste dia a enfermeira Kamila assumiu como a "responsável técnica" na ausência da drª Madalena, assim como na postagem anterior, a equipe de odontologia da UBS ministrou uma palestra correlacionando a diabetes e a odontologia e ao término distribuiu-se escovas e fio-dental. Algo interessante que pude observar neste grupo, foi um menor público porém mais jovem e mais participativo e dinâmico durante a palestra.
Além de acompanhar o grupo em questão, pude participar de visitas de enfermagem. Primeiramente visitamos uma senhora a qual possui uma doença rara e que não tem o habito de ir a Unidade,trata-se de uma velha conhecida da equipe do posto, se queixava de tudo, de acordo com ela o remédio "bom" e que a doutora não passou mais é um antibiótico, se dependesse dela tomaria todos os dias por tempo indeterminado, vejamos ai a ingenuidade e a falta de conhecimento de um leigo, haja vista que insistentemente a enfermeira Kamila alertou a paciente sobre tal medida e os perigos do medicamento, mas senhora é dura na queda e não dá o braço a torcer. Durante a visita e a troca de informações entre a equipe e a senhora, fui apelidado de "tio" por duas criancinhas, creio que são netos da paciente, neste episódio engraçado me mostraram todos os seus brinquedos e tive que entrar na diversão e distraí-los, ou será que foi ao contrario?
Por fim, ao término desta visita nos dirigimos para realizar uma outra, sendo esta ao puerpério, primeiramente o cenário em questão era totalmente contrastante, agora nos deparamos com a "comunidade" carente, nós entramos em um pequeno portão/porta e dentro deste terreno vimos uma construção totalmente irregular, aleatória e porque não dizer precária, devido as condições imaginei que neste pedaço de terra moravam umas 8 famílias, mas de acordo com a ACS alí moravam 'apenas' 16 famílias, é de causar espanto, mas o melhor estava por vir.
A recém mãe nos chamou para entrarmos em sua casa, esta creio que não passava de 9 m². A mãe tinha apenas 19 anos, e a menos de um mês teve a criança, mas esta tem outro filho de 4 anos o qual mora coma avó materna. A enfermeira Kamila adota todos os procedimentos básicos de análise e orientação a recentemente mãe, durante a visita chegou o pai, este segundo a mãe não mora com o filho, o homem se mostrou bastante interessado e disposto com relação ao seu filho, creio que fruto da maturidade, já que aparentemente este teria pelo menos 20 a 25 anos a mais que a mãe da criança, ou seja, mais que o dobro.
Realmente aquela situação é bastante chocante para aquele pequenino ser, que sem ter culpa de nada sofrerá em meio aquelas condições as quais seus pais e familiares estão envolvidos, e então eu me pergunto, de quem que é a culpa?
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Acompanhamento do trabalho na Farmácia e Vacinação
Olá a todos,
Nessa sexta-feira, dia 19/08 fui acompanhar as atividades da farmácia e da vacinação. Ambos setores são muito bem organizados e bem monitorados.
Na farmácia é usado o GSS (Gestão de Sistemas de Saúde). Sistema que integra informações dos usuários das farmácias da UBS para retirada de medicamentos. Esse sistema registra todas as saídas dos medicamentos e está integrado entre todas unidades básicas de saúde do estado de SP; desse modo o controle dos medicamentos fica muito mais confiável.
Para retirada de antibióticos mantém-se a segunda via da receita médica e para retirada de psicotrópicos mantém-se a receita original, aumentando ainda mais o controle sobre os mesmos.
No setor de vacinação mantém-se arquivos do histórico de vacinação de crianças de zero a quinze anos, para que haja controle e acompanhamento da imunização das crianças do território da UBS Jd. D'Abril. Achei esse sistema de arquivamento um tanto quanto rústico e inadequado. Pela enorme quantidade de dados, além de ocupar muito espaço, esse sistema de arquivamento não é prático, pode-se perder dados muito facilmente; um sistema informatizado seria uma opção muito mais prática e moderna.
Usa-se mapas para controlar a saída de vacinas, registrando quais vacinas foram dadas, para quantas pessoas e qual a faixa etária, diariamente. E no final do mês, a quantidade de vacinas dadas, quantas foram entregues a UBS e quantas foram perdidas, deve apresentar dados exatos; a soma das vacinas perdidas e dadas deve ser igual a quantidade de vacinas entregues a UBS.
As vacinas são mantidas sob refrigeração controlada rigorosamente. É feita a mensuração da temperatura dos refrigeradores três vezes ao dia, esta deve ser de 2 a 8º C. Há bastante cuidado com a viabilidade das vacinas; se por acaso houver queda de energia e a temperatura dos refrigeradores aumentar muito, todo lote é enviado ao laboratório para passar por testes para saber se a vacina deve ser descartada ou ainda pode ser aplicada em algum paciente.
De modo geral, esses dois setores são muito bons e de muita eficácia.
Obrigada!
Nessa sexta-feira, dia 19/08 fui acompanhar as atividades da farmácia e da vacinação. Ambos setores são muito bem organizados e bem monitorados.
Na farmácia é usado o GSS (Gestão de Sistemas de Saúde). Sistema que integra informações dos usuários das farmácias da UBS para retirada de medicamentos. Esse sistema registra todas as saídas dos medicamentos e está integrado entre todas unidades básicas de saúde do estado de SP; desse modo o controle dos medicamentos fica muito mais confiável.
Para retirada de antibióticos mantém-se a segunda via da receita médica e para retirada de psicotrópicos mantém-se a receita original, aumentando ainda mais o controle sobre os mesmos.
No setor de vacinação mantém-se arquivos do histórico de vacinação de crianças de zero a quinze anos, para que haja controle e acompanhamento da imunização das crianças do território da UBS Jd. D'Abril. Achei esse sistema de arquivamento um tanto quanto rústico e inadequado. Pela enorme quantidade de dados, além de ocupar muito espaço, esse sistema de arquivamento não é prático, pode-se perder dados muito facilmente; um sistema informatizado seria uma opção muito mais prática e moderna.
Usa-se mapas para controlar a saída de vacinas, registrando quais vacinas foram dadas, para quantas pessoas e qual a faixa etária, diariamente. E no final do mês, a quantidade de vacinas dadas, quantas foram entregues a UBS e quantas foram perdidas, deve apresentar dados exatos; a soma das vacinas perdidas e dadas deve ser igual a quantidade de vacinas entregues a UBS.
As vacinas são mantidas sob refrigeração controlada rigorosamente. É feita a mensuração da temperatura dos refrigeradores três vezes ao dia, esta deve ser de 2 a 8º C. Há bastante cuidado com a viabilidade das vacinas; se por acaso houver queda de energia e a temperatura dos refrigeradores aumentar muito, todo lote é enviado ao laboratório para passar por testes para saber se a vacina deve ser descartada ou ainda pode ser aplicada em algum paciente.
De modo geral, esses dois setores são muito bons e de muita eficácia.
Obrigada!
Grupo Bem Viver
Eu tive a oportunidade de acompanhar, no dia 12 de agosto, uma "palestra" de esclarecimento ministrada pela assistente social da UBS Jd D'Abril, realizada no espaço do Grupo Bem-Viver da equipe verde. Eu fiquei com a impressão de que esse momento foi muito importante para todos os presentes, já que a assistente conseguiu passar para a população, de uma maneira clara e objetiva, um panorama geral das bolsas e dos programas que os presentes tinham direito, tais como bolsa família, INSS, LOAS, etc.
O grupo, nesse dia, contava com mais de quarenta pessoas. Por um lado, notou-se que realmente havia um grande interesse sobre o assunto, por outro, tornou-se um ambiente desagradável, devido ao barulho e às questões trazidas em momento inoportuno.
Apesar desses detalhes, eu me surpreendi com a facilidade da profissional em esclarecer as dúvidas da população de uma maneira simples mas, ao mesmo tempo muito competente. Além disso, ela demonstrou muito a sua boa-vontade em ajudar as pessoas, o que muitas vezes falta nos profissionais. Ela se demonstrou muito disposta a ouvir, conversar e ajudar com todos os problemas que surgissem.
Ao final do dia, me surpreendi ainda mais quando fiquei sabendo de alguns trabalhos que ela faz, como por exemplo os trabalhos desenvolvidos na escola e algumas intervenções. Pude, nesse dia, abrir mais a minha mente com relação ao trabalho de uma assistente social.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Próximo encontro
Olá, pessoal!
Estamos aqui para lembrá-los da próxima reunião, que será na 4a-feira, dia 24 de agosto, às 16 horas, aqui na UBS.
Se alguém não recebeu os textos, manifeste-se o mais rápido possível, para que possamos enviá-los a tempo de vocês os lerem!
abraço,
carol
Estamos aqui para lembrá-los da próxima reunião, que será na 4a-feira, dia 24 de agosto, às 16 horas, aqui na UBS.
Não deixem de ler os textos, que serão essenciais para nossa discussão.
Se alguém não recebeu os textos, manifeste-se o mais rápido possível, para que possamos enviá-los a tempo de vocês os lerem!
abraço,
carol
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Reunião do NASF e Reunião da Equipe Amarela
No dia 9/08 participei de uma reunião do NASF sobre saúde mental. As agentes comunitárias traziam os casos que gostariam de discutir, assim como os outros profissionais e eram feitas trocas de pontos de vista e de conhecimento de cada área representada pelos profissionais ali presentes.
Achei realmente muito interessante como eram abordados os casos e como a TO e a psicóloga tentavam trazer o contexto de vida da paciente para que se pudesse entender suas ações e modos de se colocar no mundo. A médica, a TO, a psicóloga, as agentes de saúde e as estudantes pensaram juntas um plano de conduta para o caso discutido e formas de que o mesmo seja colocado em prática de maneira efetiva e de acordo com as possibilidades e limitações da usuária.
Para mim, que faço graduação em psicologia foi muito rico e interessante participar desta reunião e considero esta interdisciplinaridade fundamental para se pensar os casos de forma mais abrangente!
Após esta reunião, participei da reunião da Equipe Amarela, com a médica Carol e seis agentes comunitárias. Nesta, a médica passou para as agentes dadas de consultas que foram alteradas, agendou visitas, as agentes trouxeram casos novos e ocorreram algumas discussões sobre as situações dos pacientes.
Fiquei impressionada com a correria que os profissionais precisam estar para dar conta de tudo. Realmente acredito que há uma demanda muito grande para os mesmos. Este meu incômodo surgiu a partir de uma usuária que entrou na sala de reuniões e foi muito mal educada com a médica, pois afirmou que estava esperando há muito tempo para seu filho ser atendido na demanda. Aquilo me incomodou muito, pois eu vi o trabalho que é discutir cada caso e o cuidado que os profissionais têm com os usuários e naquele momento o discurso daquela mulher ia contra tudo isso.
Claro que é possível entender o desespero daquela mãe, mas para mim era visível que a equipe faz de tudo para conseguir dar conta e atender bem todos os pacientes.
Fiquei um tempo na sala de espera e acompanhei a revolta de outros usuários com o caso. Eles diziam que “médico é para atender e que não pode fazê-los esperar devido à reuniões” (sic). Achei muito positivo que uma das funcionárias, muito educadamente, explicou a necessidade das reuniões e disse que eles poderiam ter voz para os incômodos que estavam expondo em uma reunião que é aberta para eles. Deu todas as informações.
Acredito que é só quando as pessoas tiverem consciência de como funciona o serviço e da necessidade de cada ação é que elas poderão compreender melhor como as coisas funcionam e as possibilidades e limitações do serviço. E neste espaço, também podem reivindicar por melhorias no sistema de saúde. Esta funcionária respondeu aos insultos com uma possibilidade de educação e de informação sobre os direitos desses usuários. No meu ponto de vista, foi uma ótima atuação!
Achei realmente muito interessante como eram abordados os casos e como a TO e a psicóloga tentavam trazer o contexto de vida da paciente para que se pudesse entender suas ações e modos de se colocar no mundo. A médica, a TO, a psicóloga, as agentes de saúde e as estudantes pensaram juntas um plano de conduta para o caso discutido e formas de que o mesmo seja colocado em prática de maneira efetiva e de acordo com as possibilidades e limitações da usuária.
Para mim, que faço graduação em psicologia foi muito rico e interessante participar desta reunião e considero esta interdisciplinaridade fundamental para se pensar os casos de forma mais abrangente!
Após esta reunião, participei da reunião da Equipe Amarela, com a médica Carol e seis agentes comunitárias. Nesta, a médica passou para as agentes dadas de consultas que foram alteradas, agendou visitas, as agentes trouxeram casos novos e ocorreram algumas discussões sobre as situações dos pacientes.
Fiquei impressionada com a correria que os profissionais precisam estar para dar conta de tudo. Realmente acredito que há uma demanda muito grande para os mesmos. Este meu incômodo surgiu a partir de uma usuária que entrou na sala de reuniões e foi muito mal educada com a médica, pois afirmou que estava esperando há muito tempo para seu filho ser atendido na demanda. Aquilo me incomodou muito, pois eu vi o trabalho que é discutir cada caso e o cuidado que os profissionais têm com os usuários e naquele momento o discurso daquela mulher ia contra tudo isso.
Claro que é possível entender o desespero daquela mãe, mas para mim era visível que a equipe faz de tudo para conseguir dar conta e atender bem todos os pacientes.
Fiquei um tempo na sala de espera e acompanhei a revolta de outros usuários com o caso. Eles diziam que “médico é para atender e que não pode fazê-los esperar devido à reuniões” (sic). Achei muito positivo que uma das funcionárias, muito educadamente, explicou a necessidade das reuniões e disse que eles poderiam ter voz para os incômodos que estavam expondo em uma reunião que é aberta para eles. Deu todas as informações.
Acredito que é só quando as pessoas tiverem consciência de como funciona o serviço e da necessidade de cada ação é que elas poderão compreender melhor como as coisas funcionam e as possibilidades e limitações do serviço. E neste espaço, também podem reivindicar por melhorias no sistema de saúde. Esta funcionária respondeu aos insultos com uma possibilidade de educação e de informação sobre os direitos desses usuários. No meu ponto de vista, foi uma ótima atuação!
domingo, 14 de agosto de 2011
Temas importantes.
No dia 12, acompanhamos o trabalho da Sra. Amara, a única assistente social da UBS, na associação bem-viver, pertencente a área verde. Ela trouxe em pauta três importantes assuntos para sanar possíveis dúvidas da comunidade. São eles: bolsa-familia, loas e INSS.
Apesar das dificuldades sonoras do ambiente, pessoas falando ao mesmo tempo e das brincadeiras dos mais jovens, conseguiu-se com o passar do tempo melhor organização e uma série deperguntas personalizadas a para cada caso.
É lamentável o fato de 12 mil pessoas poderem ter acesso ao atendimento da assistente social da UBS e a agenda da Amara ser tão disponível. Poderiam aproveitar melhor este trabalho essencial em certos casos.
Apesar das dificuldades sonoras do ambiente, pessoas falando ao mesmo tempo e das brincadeiras dos mais jovens, conseguiu-se com o passar do tempo melhor organização e uma série deperguntas personalizadas a para cada caso.
É lamentável o fato de 12 mil pessoas poderem ter acesso ao atendimento da assistente social da UBS e a agenda da Amara ser tão disponível. Poderiam aproveitar melhor este trabalho essencial em certos casos.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Turma de 6a-feira e Campanha de vacinação
Pessoal,
vocês estão de parabéns pelo comprometimento e interesse nas atividades, discussões, e postagens.
Não tinha pensado em envolver o PET nisso, mas como os alunos de hoje foram informados e convidados para a campanha de vacinação, que ocorrerá amanhã, abro o convite a todos.
A quem estiver interessado e disponível, a UBS estará aberta amanhã para a campanha de vacinação a partir das 8 horas, até as 17 horas.
Vocês podem passar aqui a qualquer hora durante este período para observarem as atividades.
abraço,
até a próxima!
carol
vocês estão de parabéns pelo comprometimento e interesse nas atividades, discussões, e postagens.
Não tinha pensado em envolver o PET nisso, mas como os alunos de hoje foram informados e convidados para a campanha de vacinação, que ocorrerá amanhã, abro o convite a todos.
A quem estiver interessado e disponível, a UBS estará aberta amanhã para a campanha de vacinação a partir das 8 horas, até as 17 horas.
Vocês podem passar aqui a qualquer hora durante este período para observarem as atividades.
abraço,
até a próxima!
carol
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Rotina grupo de hipertensos e diabéticos, e demanda espontânea
A exatamente uma semana, dia 04/08, pude acompanhar o funcionamento do grupo de hipertensos e diabéticos de uma das micro-áreas da região verde. Neste dia estavam presentes a auxiliar de enfermagem Camila, e a médica responsável pela área verde, drª Madalena.
A principio observei que existe uma boa assiduidade deste público, este é formado basicamente por idosos. Assim que chegam ao grupo, são identificados por carteirinhas, e após alguns minutos é feito a aferência de suas respectivas hipertensão arterial e glicemia. Demonstraram bastante descontração e bom humor. Neste dia presenciaram uma breve palestra/apresentação da equipe de saúde bucal da unidade, esta consistia em uma das etapas de um circuito de palestras ministradas aos grupos, neste dia o tema central foi a relação da diabetes e a odontologia. Ao fim da apresentação a técnica de saúde bucal, Verônica, e a a dentista drª Myrtes distribuiram kits com escova e fio dental aos ali presentes.
Por fim observei que alguns dos presentes podiam fazer a troca e renovação de receitas médicas, uma boa e inteligente maneira de facilitar o atendimento, e também desafogar e causar menos transtorno e incomodo aos pacientes e profissionais.
Posto fim ao grupo, acompanhei a enfermeira Kamila em seu dia-dia na 'demanda espontânea', naquela data, as variações de temperatura e umidade do ar eram constantes, e em três casos o diagnostico foram iguais, apenas resfriados, foi apresentado o devido tratamento e encaminhado para ser feito inalação a fim de amenizar os sintomas e incômodos questionados, além destes casos comuns, acorreu uma 'emergência', uma garota aos brincar no recreio da escola, pisa em um arame bem espesso e curvo, semelhante a um anzol, o artefato penetrou em seu calçado e daí constatou-se a queixa da paciente, de imediato objetivou-se remover o calçado e o artefato, porém por não ter instrumentos adequados e a paciente estar em estado de nervos, bastante espantada e com queixa de dor, chegou-se em um consenso junto com as médicas e enfermeiras alí presentes, que o melhor a ser feito seria encaminhá-la a um pronto socorro, onde os devidos cuidados seriam tomados, por fim a mãe e familiares acatou as informações e se dirigiram ao hospital. Neste ultimo caso, algo que causou espanto e até mesmo indignação aos envolvidos no caso, foi que pelos relatos da paciente, este não foi o único caso que aconteceu na escola, e que mesmo assim nenhuma providência foi tomada por parte da direção da escola, lembrando que esta estava em reforma e artefatos como aquele estavam dispersos por toda área, segundo as informações da paciente.
Terça feira, 09/08, juntamente com a drª Ana Paula realizei uma das tarefas mais importantes, o reconhecimento do território, e foi nesta atividade em que pude verificar com meus próprios olhos as informações e relatos apresentados pelos demais colegas do PET. E interessante e até mesmo revoltante ver que em uma determinada área encontram-se realidades distintas, enquanto muitos sobrevivem com tão pouco, atras de algumas arvores e/ou muros alguns desfrutam de uma vida bastante confortável perante ao arredor de seu "Oasis" particular.
Infelizmente esta é a realidade de nosso país, mas tenho fé que algum dia de nossa estadia nesse planeta, consigamos reverter os erros e atos que cometemos no passado, cometemos hoje e que estão por ocorrerem!
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Artesanato.
Na última sexta, tive o prazer de conhecer a sede onde se realiza a reunião(encontro) do artesanato. Acompanhei a Dra. Myrtes (dentista), a qual me explicou a história, objetivos e passos a serem seguidos pelo grupo.
Além dos integrantes do artesanato, o espaço é dividido com as atividades da Psicóloga Barbára do NASF, que faz atividates recreativas e educativas com as crianças da comunidade. Os jovens estavam empolgados na confecção de colares no dia.
No bate-papo com a dentista, ela também me explicou sobre sua rotina dentro da UBS como funcionária do PSF, e também, das atividades que a TSB e ASB realizam.
Gostei muito de conhecer um pouco da minha área dentro da UBS, agora só falta acompanhar um dia prático de serviços pela equipe odontológica na cadeira e com o barulhinho do motor...!!
Obrigado Myrtes.
Além dos integrantes do artesanato, o espaço é dividido com as atividades da Psicóloga Barbára do NASF, que faz atividates recreativas e educativas com as crianças da comunidade. Os jovens estavam empolgados na confecção de colares no dia.
No bate-papo com a dentista, ela também me explicou sobre sua rotina dentro da UBS como funcionária do PSF, e também, das atividades que a TSB e ASB realizam.
Gostei muito de conhecer um pouco da minha área dentro da UBS, agora só falta acompanhar um dia prático de serviços pela equipe odontológica na cadeira e com o barulhinho do motor...!!
Obrigado Myrtes.
Atividade "sombra"
Na terça-feira, dia 2/08 realizei a atividade de sombra novamente. Pude acompanhar três usuários do serviço, um em consulta médica, outro na consulta odontológica e por fim uma consulta de enfermagem.
Antes de relatar cada uma, achei curioso um fato que aconteceu. Na terça passada estava na sala de espera e vi uma senhora sendo muito mal educada com um funcionário da recepção, devido à perda de seu cartão pela equipe e conseqüente atraso na consulta da paciente. Nesta semana, quando estava conversando com uma das pacientes que acompanhei, esta mesma mulher veio falar comigo e me perguntou se eu atendia em ambulatório naquela UBS. Expliquei que faço um outro estágio naquele local e ela me disse que é muito ansiosa e nervosa e que faz acompanhamento psiquiátrico, mas que também gostaria de fazer acompanhamento psicológico. Orientei a mesma sobre as possibilidades, uma vez que faz acompanhamento no HU. Claro que não podemos justificar o jeito como ela tratou aquele funcionário naquela ocasião, mas acredito que esta usuária evidencia questões importantes que ela tem e que influenciam no seu jeito de ser com as pessoas.
A paciente que passou em uma consulta médica tem 52 anos, veio até a UBS sozinha e utiliza os serviços da mesma com freqüência. Marcou esta consulta para fazer uma mamografia, pegar uma nova receita dos medicamentos de pressão e ver algumas verrugas que ela tem no pescoço. A médica explicou para ela que ela já tinha uma consulta agendada seguindo a necessidade dos exames e que a receita ela poderia retirar sem passar na consulta, uma vez que eles a acompanham com freqüência. Com relação às verrugas, as causas das mesmas foram explicadas e foi pontuado que elas não causam nenhum mal à saúde. Mesmo assim, ela preferiu tirá-las e a médica a encaminhou para um outro profissional especializado na área.
Na consulta odontológica acompanhei um menino de cinco anos. Enquanto esperávamos a consulta falei com uma prima dele que cuida do menino e tem 17 anos. Ela estava com sua filha de 8 meses. Foi muito estranho ver quatro crianças que estavam juntas sendo cuidadas por uma adolescente. Segundo ela, é ela quem traz eles para as consultas e ela utiliza a UBS para tudo que precisa.
O menino deixou a dentista fazer os procedimentos sem resistência, característica ressaltada pela profissional como rara em crianças desta idade. Fez um tratamento de canal e uma restauração e teve alta desta especialidade.
Ele estava com roupas sujas e as crianças que estavam juntas pareciam não ter os hábitos de higiene necessários.
Acredito que são pessoas que vivem em área de maior vulnerabilidade e eu fiquei preocupada ao ver toda aquela situação.
A última paciente que acompanhei foi uma gestante de 19 anos. Ela havia passado com o médico e conseguiu um encaixe para a consulta de enfermagem. Estava ela e seu namorado, de 18 anos. Segundo ela, é a primeira vez que ele a acompanha em uma consulta, pois todas as outras vezes estava trabalhando.
Ela demonstrou não saber para que servia este tipo de consulta e se mostrou um pouco impaciente pela demora do atendimento (cerca de uma hora). Durante o atendimento se mostrou preocupada com sua gestação e demonstrou sua tentativa de seguir todas as recomendações. Engordou quase vinte quilos e isso pareceu preocupá-la. Está visivelmente ansiosa com a proximidade do nascimento de sua filha e com certeza isso aumenta sua vontade de comer, principalmente alimentos mais calóricos.
Neste dia o que mais me incomodou foi a adolescente cuidando de outras crianças e a falta de noções básicas para isso. Fiquei pensando como será o futuro destas crianças e não consegui imaginar formas imediatas para mudar esta realidade.
domingo, 7 de agosto de 2011
Sombra (Profissionais)
Na sexta passada, 05 de Agosto de 2011, eu acompanhei a triagem da demanda espontânea feita por auxiliares de enfermagem, a coleta de papanicolau (também feita por uma auxiliar de enfermagem) e uma consulta médica da Dra. Caroline da equipe amarela.
A triagem tem por objetivo básico verificar os sinais e sintomas. Para isso, o profissional tenta retirar do paciente o máximo de informações possível: perguntando o que sente, há quanto tempo, a descrição do sintomas, etc. Além disso, quando necessário, o profissional pesa, afere a pressão, mede a temperatura e a altura do paciente. Tudo isso é feito com o prontuário do paciente ao lado do profissional, para que ele possa e anote tudo o que for necessário. Eu achei que os auxiliares fizeram triagens rápidas e sem dar muita atenção aos pacientes. Apesar disso, os profissionais demonstraram muita eficiência.
A coleta de papanicolau é rápida, o que mais demora é a anotação que a auxiliar tem que fazer em três papéis diferentes, além da lâmina. Gostei muito da atenção da profissional ao notar que o prontuário da paciente estava errado. E achei que a sala poderia estar com os materiais completos, pois estava sendo usado aventais descartáveis para cobrir a "maca".
O que me surpreendeu nesse dia foi a complexidade da consulta médica. Foi uma consulta bastante completa realizada sem pressa pela médica. Pelo contrário, a Dra. foi além da "simples" queixa que a paciente trouxe, ela conseguiu fazer um panorama da vida da paciente.
"Atividade Sombra" agora acompanhando Farmacia e Sala de Vacinas
Gostaria de fazer o relato de hoje convidando os colegas e preceptores que não estiveram presentes em nossas conversas após as atividades a pensar algumas coisas:
Na Farmácia
- A iniciativa de ajudar os usuários a se organizarem com os remédios com pequenos saquinhos com desenhos que ajudem a lidar com dificuldades de tomarem na hora certa foi idealizada e está sendo paga por um civil. Está é uma ação extremamente necessária e está na responsabilidade de um dos profissionais.
- Por que as cartelas de medicamentos são dispensadas, na farmácia, sem a Bula? Sendo que nas caixas, junto às cartelas, são recebidas também bulas em numero equivalente ao numero de cartelas.
- Psicotrópicos, remédios de receita azul (não sei qual seria o termo certo para o caso), mas é uma realidade que após a retirada de algum remédio do tipo a receita fica retida na UBS. E é uma realidade das farmácias brasileiras que possa haver falta de alguns medicamentos. Na falta de um dos itens contidos na receita, a pessoa perderá a receita após receber os medicamentos que a farmácia possuir. Resultado: a pessoa não poderá pegar a droga que faltou, pois não terá a receita. Neste caso é necessário a pessoa retornar ao médico, antes de pegar os medicamentos, para refazer a receita de forma a separar os medicamentos em receitas diferentes. Complicado?
Na Sala de Vacinas
- É bom lembrar que crianças ou adultos ainda são pessoas e humanizar a aplicação faz-se extremamente necessário afinal é bem invasivo o procedimento para ser tão mecanizado.
- Que respaldo terá um profissional que abre e prepara os materiais para fazer a imunização, fora da visão do cliente?
Espero que todos tenham a oportunidade de conhecer os setores da UBS e tirar suas próprias conclusões.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
"Sombra" em um dia atípico
Na última quinta-feira, 28/07 realizei minha atividade "sombra", uma boa oportunidade de compreender melhor e inteirar-se a realidade do 'dia-a-dia' de umaUBS e do sistema publico de saúde, obviamente que apenas esta atividade não retrata em totalidade as funções e o papel do Posto de Saúde, e sim nos da aporte a compreendermos um pequeno pedaço de sua magnitude.
Assim que eu e minha dupla chegamos para as atividades, nossa preceptora nos recebeu e explicou para nós oque iriamos realizar durante aquela tarde. Primeiramente, conversamos um pouco com o enfermeiro Guilherme, este nos informou sobre o funcionamento da Unidade e as atividades prestadas e oferecidas à população. Em seguida nossa preceptora Kamila nos apresentou a área física de toda a UBS, nesta atividade concretizamos o conhecimento aprendido anteriormente pelo 'bate papo' com o enfermeiro Guilherme. Após esta inserção e contextualização, demos início a atividade programada, a "Sombra".
Após visualizar a entrada da paciente , apresentei-me e obtive seu consentimento para realizar a atividade. Eram 14:40 quando uma senhora com uma criança de colo e um garoto adentram a unidade, estes se apresentam a recepção e fornecem o cartão de consulta, o recepcionista no momento, muito gentil, faz os procedimentos de praxe e direciona a paciente ao segundo andar/sala de espera. A paciente em questão se tratava de uma bela criança de apenas 1 ano e 3 meses, acompanhada de seu primo de 9 anos e sua avó, e seu atendimento era apenas uma consulta de rotina. Coincidentemente no ambiente da sala de espera, havia a reunião de um grupo destinado às mães e aos seus "bebês", muito interessante a ideia, pois as mães que por ventura estavam esperando o atendimento, ou até mesmo mães que que tinham algumas duvidas ou buscavam informações, obtinham ali um espaço propício para realizar este 'debate'/troca de informação, pois contavam com o apoio de um médico pediatra, e uma terapeuta ocupacional, nesta data em questão a fonoaudióloga estava em recesso, mas sempre estão estes três profissionais de 'plantão', este grupo e reúne sempre as ultimas 5ª feiras de cada mês, e enquanto as mamães conversam, seus filhos interagem entre si pois brinquedos são fornecidos, tornando bem agradável seu tempo de permanência no local.
Até o atendimento, conversei bastante com a avó da paciente, sua consulta estava marcada as 15:20, mas apenas as 15:45 a paciente é chamada. A drª Ana Paula, com tranquilidade realiza os procedimentos pertinentes como anamnese, tomada de medidas, peso e analise clinica. Por fim a avó da paciente contesta a médica, informando que observou um andar e uma pisada anormal da paciente, a drª mais uma vez se preocupa e realiza teste e analise clinica perante o questionamento da paciente, não observou nada de anormal, mas para se ter um diagnóstico mais preciso, pediu a ajuda e a opinião do pediatra que por coincidência naquela tarde estava na unidade, o dr Rodrigo gentilmente examinou a criança e não encontrou problema algum, e conjuntamente com a drª esclareceram e sanaram a dúvida da avó.
Por volta da 14:10 a paciente se ausenta da UBS, e demonstrou satisfação com o atendimento na recepção e durante a consulta, mas relatou um pouco de demora, afinal seu atendimento atrasou cerca de 20 minutos.
Por fim, esta atividade terminou com mais um 'bate papo' com nossa preceptora, que definitivamente sedimentou e firmou o conhecimento aprendido e a experiencia vivenciada naquela tarde. tarde esta que era meio atípica pois de acordo com os funcionários, o movimento na unidade estava bem tranquilo, o que me causou um pouco de estranhamento, pois não é isto que estamos acostumados a ver sobre o serviço de saúde público. Que pena, poderia ser todos os dias dessa maneira, onde a tranquilidade e calmaria estivesse presente na saúde publica, sinal que nosso sistema de saúde funciona perfeitamente e todos estariam satisfeitos!
Grupo de hipertensos e diabéticos
Achei muito interessante participar deste grupo com a médica Madalena e com a nutricionista do NASF. Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que participaram e considero muito positiva a idéia de medir a pressão e pegar a receita durante estes grupos, pois é um meio de fazer com que as pessoas participem da discussão.
O clima descontraído e a abertura para o diálogo propostos pela nutricionista foram essenciais para que houvesse a participação dos pacientes e para que eles tirassem suas dúvidas. Outra característica que penso ajudar na criação de um ambiente propício para este tipo de discussão é a idade próxima das pessoas, pois assim elas compartilham dos problemas comuns daquela fase da vida, além de terem uma rotina semelhante na maioria dos casos. Esta troca de experiência é muito importante, pois gera identificações, muito úteis para que um paciente siga o caminho bem sucedido do outro em direção à uma melhor qualidade de vida e à adesão ao tratamento.
Pelo que pude observar, muitos dos participantes não estão realmente dispostos a mudarem seus estilos de vida e brincam com os mesmos para amenizarem esta postura passiva com relação à necessidade de mudança que o tratamento demanda. Porém, alguns pacientes demonstram estar envolvidos em um processo de mudança de hábitos alimentares e mencionaram as dificuldades que sentem com relação à isso.
Qualquer processo de mudança é difícil e exige adaptações na rotina. Além disso, comer determinados alimentos tem uma representação emocional muito forte e também deixar de cozinhar como os pais e avós ensinaram, muitas vezes é uma mudança que eles não entendem o porquê precisam fazer, uma vez que são hábitos de uma vida inteira.
Acredito que seria interessante fazer algumas receitas com eles e também integrar o grupo de caminhada à este, uma vez que o exercício físico diminui a ansiedade, auxilia na perda de peso e traz benefícios para a saúde como um todo. Também poderíamos pensar em meios de motivar estas mudanças de hábitos, além de incentivar que mais pessoas falem sobre suas experiências.
O clima descontraído e a abertura para o diálogo propostos pela nutricionista foram essenciais para que houvesse a participação dos pacientes e para que eles tirassem suas dúvidas. Outra característica que penso ajudar na criação de um ambiente propício para este tipo de discussão é a idade próxima das pessoas, pois assim elas compartilham dos problemas comuns daquela fase da vida, além de terem uma rotina semelhante na maioria dos casos. Esta troca de experiência é muito importante, pois gera identificações, muito úteis para que um paciente siga o caminho bem sucedido do outro em direção à uma melhor qualidade de vida e à adesão ao tratamento.
Pelo que pude observar, muitos dos participantes não estão realmente dispostos a mudarem seus estilos de vida e brincam com os mesmos para amenizarem esta postura passiva com relação à necessidade de mudança que o tratamento demanda. Porém, alguns pacientes demonstram estar envolvidos em um processo de mudança de hábitos alimentares e mencionaram as dificuldades que sentem com relação à isso.
Qualquer processo de mudança é difícil e exige adaptações na rotina. Além disso, comer determinados alimentos tem uma representação emocional muito forte e também deixar de cozinhar como os pais e avós ensinaram, muitas vezes é uma mudança que eles não entendem o porquê precisam fazer, uma vez que são hábitos de uma vida inteira.
Acredito que seria interessante fazer algumas receitas com eles e também integrar o grupo de caminhada à este, uma vez que o exercício físico diminui a ansiedade, auxilia na perda de peso e traz benefícios para a saúde como um todo. Também poderíamos pensar em meios de motivar estas mudanças de hábitos, além de incentivar que mais pessoas falem sobre suas experiências.
Atividade “Sombra” e conhecendo o território.
No dia 19 de Julho acompanhei a consulta de quatro usuárias. Não as observei desde a chegada, uma vez que as abordei na sala de espera.
A primeira paciente tem noventa anos e passou por uma consulta com a fisioterapeuta, por indicação do médico que a atendeu. Segunda ela, nunca havia passado em uma consulta com este tipo de profissional na UBS e veio pois ligaram para ela.
Apesar de nunca ter feito uma consulta com a fisio, a UBS é o serviço de referência para esta senhora.
Sua queixa inicial é de dores nos braços, ombros e de perda de equilíbrio, mas ela teve dificuldade de expor as mesmas em um primeiro momento, afirmando que estava tudo bem. Acredito que ela não se apropriou do motivo que levou o médico à encaminhá-la e isso dificulta que ela tenha clareza do porque está ali.
Na avaliação da profissional ela percebeu que a bengala da paciente estava muito alta e que isso possivelmente gerava as dores citadas. Orientou para que ela cortasse a bengala na medida que ela marcou e participasse do grupo de caminhadas. A paciente não quis participar do grupo, mas disse que participa de uma massagem em outra instituição que a ajuda muito.
Achei muito importante que além da queixa central foram abordadas outras temáticas essenciais para entendermos como é o contexto que esta senhora está inserida e como este pode gerar conseqüências em sua saúde.
Ela mora sozinha e não tem filhos, apenas um sobrinho que a auxilia quando ela precisa. A paciente tem problemas de visão e de audição, fatores agravantes para ela andar sozinha pelas ruas. A profissional pontuou isto para ele e explicou tudo que falava com clareza, cuidado essencial para que a senhora realmente entendesse o que ela estava querendo dizer. Considero este cuidado e a exploração do contexto da paciente como alicerces para um bom atendimento.
A segunda paciente tem dezessete anos e estava aguardando para se consultar com a dentista. Veio outras vezes se consultar com a mesma profissional e elogiou muito o serviço e a facilidade de marcar consultas com os outros profissionais. Esperou menos de dez minutos para ser atendida e se mostrou muito satisfeita com o tratamento que está tendo.
Afirma que a UBS é utilizada por toda sua família e que se não fosse o dentista do local ela não saberia como se tratar.
Senti que ela tem um carinho e um respeito grande pelo serviço, uma vez que é tratada com respeito e sua demanda é resolvida sem que tenha que esperar um grande período.
As outras duas consultas foram da enfermagem com gestantes. Uma paciente tem vinte e dois anos e a outra vinte. Fiquei impressionada que a faixa etária realmente é relativamente baixa, evidenciando reflexos do social na forma de viver e de constituir uma família.
A primeira paciente estava grávida pela primeira vez e com dúvidas esperadas para esta primeira experiência. Pareceu muito preocupada e acredito que as orientações dadas pela profissional foram muito importantes para diminuir a ansiedade da paciente. Já a segunda paciente, já tinha outro filho e sua ansiedade estava mais relacionada ao incomodo que sentia com a barriga e a vontade que o bebê nascesse logo. Esta paciente não fez os exames pedidos e deu a impressão que ela não vê a importância que os mesmos têm, mesmo que tenha sido explicado diversas vezes para ela.
Ambas estão de nove meses e a enfermeira incentivou que elas amamentassem seus filhos, também mediu a pressão, escutou o coração do bebê, pesou, entre outros procedimentos.
Foi uma experiência muito rica participar destas consultas e ver o retorno positivo dos pacientes em relação ao serviço. Acredito que as consultas são feitas por meio de um olhar biopsicossocial e que as questões orgânicas não são as únicas a serem vistas.
Neste mesmo dia também conheci o território que a UBS abrange. Olhar o território fez muito sentido para eu entender como há demandas muito diferentes, dependendo da região.
O lixo nas ruas apareceu em quase todo o território, caracterizando-se como um problema sério da região. Por meio desta visita e também com a experiência da aplicação dos inquéritos acredito que as noções de higiene são relacionadas à pobreza, mas também à não educação desta pessoas sobre a importância de manter o local onde vivem e seu entorno limpo. Justamente por isso, é uma situação que apenas mudará em longo prazo.
Como já mencionado, a heterogeneidade do território é muito marcante, uma vez que lugares de maior vulnerabilidade se misturam com casas de médio e alto padrão. Diante disso, como pensar em ações que abranjam estas diferentes demandas? Sem dúvida as demandas das áreas de maior vulnerabilidade são mais básicas e urgentes, mas temos que visar fazer um trabalho com todos e atendê-los de forma igual. Achei interessante algumas família com maior poder aquisitivo utilizarem a UBS, pois é um grande equívoco pensar que é um serviço apenas para as classes sociais com menores recursos.
A primeira paciente tem noventa anos e passou por uma consulta com a fisioterapeuta, por indicação do médico que a atendeu. Segunda ela, nunca havia passado em uma consulta com este tipo de profissional na UBS e veio pois ligaram para ela.
Apesar de nunca ter feito uma consulta com a fisio, a UBS é o serviço de referência para esta senhora.
Sua queixa inicial é de dores nos braços, ombros e de perda de equilíbrio, mas ela teve dificuldade de expor as mesmas em um primeiro momento, afirmando que estava tudo bem. Acredito que ela não se apropriou do motivo que levou o médico à encaminhá-la e isso dificulta que ela tenha clareza do porque está ali.
Na avaliação da profissional ela percebeu que a bengala da paciente estava muito alta e que isso possivelmente gerava as dores citadas. Orientou para que ela cortasse a bengala na medida que ela marcou e participasse do grupo de caminhadas. A paciente não quis participar do grupo, mas disse que participa de uma massagem em outra instituição que a ajuda muito.
Achei muito importante que além da queixa central foram abordadas outras temáticas essenciais para entendermos como é o contexto que esta senhora está inserida e como este pode gerar conseqüências em sua saúde.
Ela mora sozinha e não tem filhos, apenas um sobrinho que a auxilia quando ela precisa. A paciente tem problemas de visão e de audição, fatores agravantes para ela andar sozinha pelas ruas. A profissional pontuou isto para ele e explicou tudo que falava com clareza, cuidado essencial para que a senhora realmente entendesse o que ela estava querendo dizer. Considero este cuidado e a exploração do contexto da paciente como alicerces para um bom atendimento.
A segunda paciente tem dezessete anos e estava aguardando para se consultar com a dentista. Veio outras vezes se consultar com a mesma profissional e elogiou muito o serviço e a facilidade de marcar consultas com os outros profissionais. Esperou menos de dez minutos para ser atendida e se mostrou muito satisfeita com o tratamento que está tendo.
Afirma que a UBS é utilizada por toda sua família e que se não fosse o dentista do local ela não saberia como se tratar.
Senti que ela tem um carinho e um respeito grande pelo serviço, uma vez que é tratada com respeito e sua demanda é resolvida sem que tenha que esperar um grande período.
As outras duas consultas foram da enfermagem com gestantes. Uma paciente tem vinte e dois anos e a outra vinte. Fiquei impressionada que a faixa etária realmente é relativamente baixa, evidenciando reflexos do social na forma de viver e de constituir uma família.
A primeira paciente estava grávida pela primeira vez e com dúvidas esperadas para esta primeira experiência. Pareceu muito preocupada e acredito que as orientações dadas pela profissional foram muito importantes para diminuir a ansiedade da paciente. Já a segunda paciente, já tinha outro filho e sua ansiedade estava mais relacionada ao incomodo que sentia com a barriga e a vontade que o bebê nascesse logo. Esta paciente não fez os exames pedidos e deu a impressão que ela não vê a importância que os mesmos têm, mesmo que tenha sido explicado diversas vezes para ela.
Ambas estão de nove meses e a enfermeira incentivou que elas amamentassem seus filhos, também mediu a pressão, escutou o coração do bebê, pesou, entre outros procedimentos.
Foi uma experiência muito rica participar destas consultas e ver o retorno positivo dos pacientes em relação ao serviço. Acredito que as consultas são feitas por meio de um olhar biopsicossocial e que as questões orgânicas não são as únicas a serem vistas.
Neste mesmo dia também conheci o território que a UBS abrange. Olhar o território fez muito sentido para eu entender como há demandas muito diferentes, dependendo da região.
O lixo nas ruas apareceu em quase todo o território, caracterizando-se como um problema sério da região. Por meio desta visita e também com a experiência da aplicação dos inquéritos acredito que as noções de higiene são relacionadas à pobreza, mas também à não educação desta pessoas sobre a importância de manter o local onde vivem e seu entorno limpo. Justamente por isso, é uma situação que apenas mudará em longo prazo.
Como já mencionado, a heterogeneidade do território é muito marcante, uma vez que lugares de maior vulnerabilidade se misturam com casas de médio e alto padrão. Diante disso, como pensar em ações que abranjam estas diferentes demandas? Sem dúvida as demandas das áreas de maior vulnerabilidade são mais básicas e urgentes, mas temos que visar fazer um trabalho com todos e atendê-los de forma igual. Achei interessante algumas família com maior poder aquisitivo utilizarem a UBS, pois é um grande equívoco pensar que é um serviço apenas para as classes sociais com menores recursos.
Assinar:
Postagens (Atom)