Olá,
Essa quarta, dia 28/11, acompanhamos uma visita da equipe em uma residência da comunidade. Dessa vez a visita era com os profissionais, especialmente agendada para a farmácia. Participaram da visita a farmacêutica, a enfermeira, a auxiliar de enfermagem e a ACS.
Fomos à uma casa onde morava um casal de idosos. A demanda da visita foi o fato do senhor ter dificuldade em organizar seus muitos remédios que deveria tomar durante o dia, e por isso talvez eles não tivessem tendo o efeito desejado e então poderiam estar pondo em risco todo o tratamento.
Ao chegarmos e solicitarmos os remédios que eram administrados o senhor veio com o saco plástico onde se encontravam todos os remédios a serem tomados juntos. Era realmente muito difícil saber qual deveria ser tomado e em qual horário além da dificuldade em achar o remédio dentro daquele saco. Achei a forma de solucionar o problema bem simples e criativa: a farmacêutica consultou a receita e foi preparando de acordo com o pedido médico saquinhos separados para cada remédio, nos quais colocava o período do dia em que cada um deveria ser tomado.
Para facilitar o entendimento do paciente foram coladas no saquinho figuras que representavam as horas do dia, ou seja, o remédio dentro do saquinho com o SOL era para ser tomado pela manhã, o que tinha um PRATO deveria ser tomado no almoço e aquele com a LUA deveria ser tomado a noite.
Em seguida foi conversado com o paciente e explicado à ele a nova lógica para administração dos remédios, além a orientações para facilitar a organização de melhores horários, como antes ou depois de sair, ou se deveria levar o remédio quando saísse e etc., além de explicar a importância de tomar o remédio para a avaliação do tratamento, para certificação de se está sendo efetivo ou não, e que tudo isso retornaria à ele mesmo na melhora de sua saúde. Ficou visível quanto aquela medida ajudaria o paciente, além de seu próprio relato, dizendo que agora estava muito melhor.
Também foi dada orientação à sua esposa, em relação à hipertensão arterial verificada, tanto dessa vez, quanto na última que haviam sido visitados. Ela foi orientada à passar no posto, para começar um possível tratamento.
Achei bem interessante o modo como os moradores recebem bem a equipe de saúde da família, e gostam de sua visita. Parecem sempre muito colaborativos e interessados nas informações que são dadas. Também vejo como essa visita faz diferença e deixa muito mais claro aos próprios usuários do serviço suas condutas à serem tomadas, principalmente porque as orientações são inseridas dentro do seu próprio contexto, o que facilita a aceitação e absorção dos conceitos, e tudo é devidamente explicado para que não hajam dúvidas em relação à nada. Eles parecem se sentir muito mais acolhidos, sabem que tem atenção e alguém que se preocupa com eles.
Mais uma vez foi uma experiência muito animadora em relação ao trabalho que é feito!
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Simpósio PET
Olá pessoal,
Vim aqui falar sobre o simpósio do PET. Havia falado que poderia ir essa sexta, dia 30, mas acontece que essa sexta exclusivamente tenho um outro compromisso que havia me esquecido quando confirmei minha presença. Vou tentar muito ir nos dois, e chegar um pouco mais tarde no simpósio para cumprir ambos os compromissos.
Desculpa a demora para avisar e a falta de organização. Tinha a intenção de avisa-los antes, para tentar achar alguém que pudesse ir no meu lugar, mas não consegui entrar no blog pois o google estava exigindo que mudasse os dados da minha conta para entrar e não estava tendo muito tempo para fazê-lo.
Espero que dê tudo certo!
Beijos
Vim aqui falar sobre o simpósio do PET. Havia falado que poderia ir essa sexta, dia 30, mas acontece que essa sexta exclusivamente tenho um outro compromisso que havia me esquecido quando confirmei minha presença. Vou tentar muito ir nos dois, e chegar um pouco mais tarde no simpósio para cumprir ambos os compromissos.
Desculpa a demora para avisar e a falta de organização. Tinha a intenção de avisa-los antes, para tentar achar alguém que pudesse ir no meu lugar, mas não consegui entrar no blog pois o google estava exigindo que mudasse os dados da minha conta para entrar e não estava tendo muito tempo para fazê-lo.
Espero que dê tudo certo!
Beijos
Visita Domiciliar
Nessa semana, visitamos o Sr. Quinzinho , que morava com a sua esposa em uma casa na região abrangida pela UBS Jardim D'Abril. O foco da visita era a aderência de Sr. Quinzinho ao tratamento, uma vez que ele tomava grande quantidade de medicamentos, oito ao todo, cada um com um intervalo de tempo particular. Nessa ocasião a Cris, farmacêutica da UBS, propôs um meio de organizar seus medicamentos, colocando imagens referentes ao horário da medicação em um saquinho plastico, cada um com um medicamento diferente. Acredito que essa atitude é muito positiva, pois Sr Quinzinho relatava problemas na administração dos medicamentos, e é uma pessoa bem presente na UBS, em grupos e consultas, o que demonstra que a má administração dos remédios não está relacionada com um descaso com a saúde. Além disso nessa ocasião, foi reforçado um convite a esposa de Sr Quinzinho, para que esta seja mais presente na UBS também.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Atividade de Grupo
Olá!
Na última semana que tivemos atividade, fomos participar de um grupo muito legal! Chamado de DIA DE MADAME, foi criado um espaço para arrumar o cabelo, fazer as unhas, colocar uma roupa mais arrumada, um salto alto, claro tudo gratuito e todos os voluntários são da UBS Jardim D'Abril. Não haviam profissionais da beleza, mas sim voluntários repletos de vontade de tirar um sorriso de mulheres com realidades às vezes tão sofridas.
A atividade foi criada na tentativa de resgatar a população feminina e tentar criar um vínculo entre a mesma e a UBS. Isso porque o índice de dependência química no bairro é maior entre as mulheres, com relação aos homens. Porém, ali naquele dia, não haviam viciadas em crack, nem alcoólatras, nem qualquer outro tipo de figuras estigmatizadas, mas sim mulheres com vontade de preencher um vazio em suas vidas, chamado auto estima.
Achei sensacional a iniciativa, por mais simples que ela tenha sido, pois o sorriso que ela tirou de pessoas com feições de que há muito tempo não tinham motivos para isso foi o que realmente enriqueceu a atividade!
Queria inclusive aproveitar para parabenizar a todos que participaram da atividade! Muito legal mesmo!!!
Na última semana que tivemos atividade, fomos participar de um grupo muito legal! Chamado de DIA DE MADAME, foi criado um espaço para arrumar o cabelo, fazer as unhas, colocar uma roupa mais arrumada, um salto alto, claro tudo gratuito e todos os voluntários são da UBS Jardim D'Abril. Não haviam profissionais da beleza, mas sim voluntários repletos de vontade de tirar um sorriso de mulheres com realidades às vezes tão sofridas.
A atividade foi criada na tentativa de resgatar a população feminina e tentar criar um vínculo entre a mesma e a UBS. Isso porque o índice de dependência química no bairro é maior entre as mulheres, com relação aos homens. Porém, ali naquele dia, não haviam viciadas em crack, nem alcoólatras, nem qualquer outro tipo de figuras estigmatizadas, mas sim mulheres com vontade de preencher um vazio em suas vidas, chamado auto estima.
Achei sensacional a iniciativa, por mais simples que ela tenha sido, pois o sorriso que ela tirou de pessoas com feições de que há muito tempo não tinham motivos para isso foi o que realmente enriqueceu a atividade!
Queria inclusive aproveitar para parabenizar a todos que participaram da atividade! Muito legal mesmo!!!
VDs
Oi gente!!!
Fazia tempo que eu não escrevia! Este final de semestre está bastante complicado!!!
Há umas duas semanas tive a oportunidade de conhecer o Bairro Jardim D'Abril mais de perto!
Fomos fazer visitas domiciliares junto com o ACS Vander, uma cara muito simpático que nos levou a duas casas diferentes, apesar de vizinhas, com uma realidade bastante distinta e depois nos levou para andar pela comunidade e conhecer um pouco mais de sua realidade.
Primeiro entramos na casa de Dona Maria, ela estava com o neto e também com uma menininha que ela ajuda a cuidar, pois a mãe da criança trabalha o dia inteiro. Mas na casa mora também a filha, mãe de seu neto, seu marido e um outro filho. É um apartamento com dois quartos, sala, cozinha e área de serviço e um banheiro. Relativamente justo para a quantidade de moradores. Dona Maria tem hipertensão e recebe visitas mensais de seu ACS, que é também seu vizinho (acho isso o máximo!!!). Nas visitas ele checa se os remédios estão ok, é aferida a pressão e ACS e usuário conversam um pouco sobre o dia-a-dia do mesmo. Logo depois fomos em um apartamento, na frente do de Dona Maria, aonde conhecemos Dona Nair, uma senhora de 63 anos, bastante ativa, que mora sozinha. Neste caso é um pouco diferente porque Nair passa em consultas com os médicos de seu convênio, porém pega medicação no posto, logo o ACS faz este intermédio entre a UBS e a paciente.
Depois andamos pela comunidade, foi possível verificar que há uma grade discrepância entre as diferentes regiões do bairro. Vimos bastante lixo a céu aberto, assim como o esgoto também.
O ACS que nos acompanhou nos contou o que mais é possível de ser feito nas visitas domiciliares realizadas por ele como rastreamento de TB e hanseníase. Assim como tudo que for relevante das visitas são repassados nas reuniões de equipe e nenhuma decisão é tomada sem o aval da maioria.
Fazia tempo que eu não escrevia! Este final de semestre está bastante complicado!!!
Há umas duas semanas tive a oportunidade de conhecer o Bairro Jardim D'Abril mais de perto!
Fomos fazer visitas domiciliares junto com o ACS Vander, uma cara muito simpático que nos levou a duas casas diferentes, apesar de vizinhas, com uma realidade bastante distinta e depois nos levou para andar pela comunidade e conhecer um pouco mais de sua realidade.
Primeiro entramos na casa de Dona Maria, ela estava com o neto e também com uma menininha que ela ajuda a cuidar, pois a mãe da criança trabalha o dia inteiro. Mas na casa mora também a filha, mãe de seu neto, seu marido e um outro filho. É um apartamento com dois quartos, sala, cozinha e área de serviço e um banheiro. Relativamente justo para a quantidade de moradores. Dona Maria tem hipertensão e recebe visitas mensais de seu ACS, que é também seu vizinho (acho isso o máximo!!!). Nas visitas ele checa se os remédios estão ok, é aferida a pressão e ACS e usuário conversam um pouco sobre o dia-a-dia do mesmo. Logo depois fomos em um apartamento, na frente do de Dona Maria, aonde conhecemos Dona Nair, uma senhora de 63 anos, bastante ativa, que mora sozinha. Neste caso é um pouco diferente porque Nair passa em consultas com os médicos de seu convênio, porém pega medicação no posto, logo o ACS faz este intermédio entre a UBS e a paciente.
Depois andamos pela comunidade, foi possível verificar que há uma grade discrepância entre as diferentes regiões do bairro. Vimos bastante lixo a céu aberto, assim como o esgoto também.
O ACS que nos acompanhou nos contou o que mais é possível de ser feito nas visitas domiciliares realizadas por ele como rastreamento de TB e hanseníase. Assim como tudo que for relevante das visitas são repassados nas reuniões de equipe e nenhuma decisão é tomada sem o aval da maioria.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Seminário: “Lugar e Papel das Organizações de Saúde no SUS da Cidade de São Paulo”.
Com objetivo de possibilitar a apresentação e discussão de argumentos de diferentes segmentos sociais e políticos sobre o lugar e o papel das Organizações Sociais de Saúde no SUS da Cidade de São Paulo, a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP numa co-parceria com a Associação Paulista de Saúde Pública (APSP), promovem o seminário: “Lugar e Papel das Organizações de Saúde no SUS da Cidade de São Paulo”.
Destinado a alunos de graduação e pós-graduação, docentes e pesquisadores da FSP/USP e profissionais associados à APSP. e quaisquer interessados no tema.
Foram convidados para o seminário representantes do representantes do Prefeito-Eleito de São Paulo, do atual governo municipal de São Paulo, do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo e do Fórum Popular de Saúde do Estado de SP. O evento será realizado no dia 28 de novembro de 2012, das 14 h às 18h, na Faculdade de Saúde Pública (FSP/USP) - Auditório João Yunes - Avenida Doutor Arnaldo, 715.
Não há necessidade de inscrição e não será fornecido certificado ou declaração de participação.
Mais informações e entrevistas para a imprensa com Dr. Paulo, pelo e-mail: pcnarvai@usp.br
Destinado a alunos de graduação e pós-graduação, docentes e pesquisadores da FSP/USP e profissionais associados à APSP. e quaisquer interessados no tema.
Foram convidados para o seminário representantes do representantes do Prefeito-Eleito de São Paulo, do atual governo municipal de São Paulo, do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo e do Fórum Popular de Saúde do Estado de SP. O evento será realizado no dia 28 de novembro de 2012, das 14 h às 18h, na Faculdade de Saúde Pública (FSP/USP) - Auditório João Yunes - Avenida Doutor Arnaldo, 715.
Não há necessidade de inscrição e não será fornecido certificado ou declaração de participação.
Mais informações e entrevistas para a imprensa com Dr. Paulo, pelo e-mail: pcnarvai@usp.br
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Ata da reunião geral 23/11/12
ATA DA REUNIÃO GERAL
Data: 23/11/12
Início: 16h
Término: 18h
Local: sala de reunião - UBS Jardim d’Abril
Presentes:
Preceptoras: Mara, Cris, Carol e Ana.
Alunos: Isabela, Miguel, Izabel, Nicole, Luiz, Thaína, Mateus, Eduardo, Juliana
e Aline.
ORDEM DO DIA:
1. Informes:
1.1. I SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (PRO-Saúde PET-Saúde USP Capital)
1. Informes:
1.1. I SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (PRO-Saúde PET-Saúde USP Capital)
Dias: 29/11/12 das 9h às 17h e 30/11/10 das 9h às 12h. Local: FO – Cidade
Universitária.
1.2. Próximas
reuniões
Dia 21/01/2013 das 16h às 18h na UBS; 19/02/2013 das 16h30 às 18h30 na FO – USP
(a confirmar); 4/03/2013 das 16h30 às 18h30 na FO-USP (a confirmar) e 26/04/2013
das 16h às 18h na UBS. Na primeira reunião do ano de 2013 cada um deverá contar
um pouco sobre o que aprendeu do SUS durante esse período de experiência no
PET.
1.3. Férias
Os bolsistas do PET terão cerca de um mês de férias, os dias de início e
término das mesmas deverão ser combinados com os preceptores das equipes.
2. Frequência de postagens no blog
As preceptoras sugeriram que fosse criada uma lista de frequência de
postagens no blog, semelhante a lista de frequência de comparecimento à UBS. No
início das atividades na UBS foi combinado que deveríamos postar no blog toda
semana e a lista seria uma forma de garantir e verificar se as postagens estão
sendo feitas por todos. Todos os presentes concordaram com a criação da lista.
3. Avaliação
Também
foi sugerido pelas preceptoras que elas e os alunos fossem avaliados
continuamente. O intuito da avaliação seria o de otimizar o trabalho
desenvolvido por ambos. A avaliação seria feita de uma maneira informal (sem
atribuição de notas ou coisas do tipo) e os quesitos avaliados seriam desempenho,
pontualidade, comprometimento entre outros.
4. Projeto
Foi
esclarecido, muitos não haviam entendido, que apesar do projeto ser
“segmentado” (ter três eixos) o tema central do projeto que cada equipe irá
abordar é a VIOLÊNCIA. Algumas equipes já começaram a fazer o levantamento do
material bibliográfico. Foi sugerido que os materiais encontrados sejam
postados no blog.
5. PET – Saúde Mental
Durante a reunião foi questionado o nosso distanciamento em relação ao PET –
Saúde Mental (SM) e vice-versa. Os alunos manifestaram interesse em fazer uma
reunião conjunta com os alunos do PET – SM, levantou-se a hipótese dos alunos
do PET – SM fazerem parte do blog da UBS.
6. Supervisão/ Reuniões e afins
Os alunos de alguns cursos (terapia ocupacional, farmácia, nutrição e educação
física) comentaram que em suas faculdades ocorrem encontros entre alunos
bolsistas do PET e docentes tutores. Os encontros diferem de faculdade para
faculdade, mas de uma forma geral nesses encontros são realizadas trocas de
experiências, leituras de artigos, discussão de casos, entre outras coisas.
7. Nossas reuniões
O grupo concordou que as reuniões gerais são validas e que devem ser mantidas. Como
nós queremos que sejam e o que gostaríamos de fazer nas próximas reuniões
gerais? Ideias e sugestões são bem vindas.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Dia de Madame
Quarta feira acompanhamos o “Dia de Madame”, evento no qual mulheres
da região abrangida pela UBS Jardim D’Abril tiveram oportunidade de ter um dia
de beleza. Pessoas que trabalhavam na UBS, como farmacêuticas, ACS,
enfermeiras, entre outras ofereciam as mulheres serviço de manicure, pedicure e
cabelereiros. Após passar por esses serviços as mulheres recebiam uma roupa, um
kit de cuidados, uma rosa e uma foto de
recordação. Nas paredes havia artigos com foco em beleza e saúde, e sempre que
uma mulher terminava de se arrumar, era uma festa, e era visível com elas se sentiam
bem com isso . O foco da intervenção era ser um atrativo para que as moças,
senhoras e até crianças conheçam um pouco sobre a UBS e o serviço lá prestado.
Porém , isso era feito de modo sutil, enquanto as mulheres faziam a unha ou o
cabelo, o tema saúde surgia como um assunto singelo, sem forçar orientações ou
coisas do gênero. Por exemplo, enquanto uma educadora física fazia o cabelo de
uma senhora, ela comentou que um dos trabalhos dela era organizar o grupo de
caminhada da UBS, como a senhora demonstrou interesse, foi feito um convite
para que ela se integrasse ao grupo e ela aceitou. O tempo em que permaneci na intervenção, pude
ver como as mulheres e crianças se sentiam bem em ser valorizadas, em não serem
vistas apenas como mais umas usuárias da UBS, acredito que elas também gostaram
muito, pois sempre saiam com um sorriso no rosto.
Visita Domiciliar
No dia da Visita Domiciliar nos dividimos em duplas para
conhecer melhor o trabalho do ACS em uma
visita domiciliar. Nesse dia, visitamos
duas casas e conhecemos uma comunidade. Visitamos Dona Maria,49 anos, ela
recebe visitas mensais na qual é aferida sua pressão arterial por uma auxiliar
de enfermagem, é avaliada a data de vencimentos das receitas e o acesso aos
medicamentos. Em sua família é realizado trabalho de prevenção com os demais
moradores (marido, filho, filha e neto),
e as carteirinhas de vacinações são analisadas, para ver o que está
faltando, nesse caso, seu filho de 19 anos ainda não havia tomado a vacina
referente aos 15 anos. Também visitamos
a Dona Nair, 63 anos, ela é acompanhada pelo convênio particular , porém utiliza
o posto para retirar medicamentos e aceita visitas da auxiliar de enfermagem
para realizar medida da glicemia capilar e aferir pressão arterial. Ao
conversamos com o ACS que nos acompanhou, ele nos disse que a visita também é
utilizada como analise de moradia (analisar possíveis carências e
irregularidades que comprometam a saúde), rastreamento de tuberculose e
hanseníase. Com as informações coletadas
na Visita Domiciliar, o ACS realiza um relatório, conversa com o médico
responsável e participa das reuniões em equipe. Foi frisado nesse dia, que não
existem decisões individuais, elas sempre são tomadas em equipe, o que na minha
opinião é um importante diferencial da atenção primária.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Visitas domiciliares - 6/11
Com a ajuda do tempo, que nos contemplou com um dia ensolarado, seguimos
as nossas atividades com a realização de visitas domiciliares (VDs). Isabela
e eu acompanhamos a Ângela (ACS) em quatro VDs. Todas as visitas foram
realizadas na área azul, área atendida pela Dra. Katia.
Primeiramente, visitamos a senhora Francinete, percebi que
ela ficou um pouco incomodada ao nos avistar do outro lado do seu portão, parecia
que estava preocupada/envergonhada em nos receber em sua casa e acredito que
isso ocorreu devido a minha presença e a presença da Isabela, até então duas
estranhas para ela. Com o passar do tempo ela foi ficando mais à vontade, a
Ângela de uma forma bem natural e possibilitando o diálogo entre as respostas
perguntou a ela se estava tudo bem, perguntou sobre os medicamentos que ela
estava usando e verificou datas de consultas. Francinete revelou-se uma
paciente poliqueixosa, mas as suas principais queixas eram contra alguns dos
medicamentos que ela estava fazendo uso. Ao término da vista a Ângela nos
contou que além de osteoporose Francinete tinha câncer de pele, duas doenças
que a meu ver podem estar relacionadas.
Nossa segunda visitada foi a senhora Rosa. Rosa sofre de mal
de Parkinson e caminha com o auxílio de um andador. Ela nos recebeu já dentro
de sua casa sentada em seu sofá. A agente “entrevistou” Rosa da mesma maneira
que havia “entrevistado” Francinete, fazendo basicamente as mesmas perguntas.
Rosa além de Parkinson tem hipertensão e diabetes. Em meio a conversa que se
instalou durante a visita, Rosa disse que não sabia porque ela era diabética, visto
que ela praticamente não consumia doces. Nesse momento eu como estudante de
nutrição me senti no dever de tentar explicar para ela que a alimentação não
era o único fator determinante desta condição e assim, percebi na prática o
quanto é difícil adaptar a linguagem técnica a uma linguagem popular.
Dando continuidade as nossas visitas chegamos à casa do
Davi, uma linda criança de apenas cinco meses. Isabela e eu verificamos o seu
caderninho de vacinas e vimos que haviam duas programadas para esta semana
(12/11 e 13/11). Nesta visita senti a Ângela um pouco distante, ela disse que não conhecia a mulher que estava com a criança, a tia do Davi, e
talvez este tenha sido o motivo do seu distanciamento.
Por fim visitamos a senhora Regina. Está foi a casa onde a
Ângela ficou mais à vontade, ela e a Regina são amigas. Regina fica a maior
parte do tempo em casa com sua neta a Agatha. Regina tem pressão alta. Ela
apresentou poucas queixas durante a entrevista, mas também reclamou do
medicamento que estava usando, disse que ele lhe causou tonturas e que por isso
ela havia interrompido o tratamento por conta própria. A
agente a orientou a contar à médica que ela não estava tomando os remédios. Com base no que foi relatado pela Regina e pela Francinete (1° vista)
pude notar que as duas culparam os medicamentos por sintomas que talvez não
tenham sido causados por eles. Ao término das visitas voltamos à UBS finalizando
a nossa atividade.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
26/10
Na ultima visita a UBS , eu e a Taína acompanhamos uma agente comunitária nas visitas domiciliares.
Nós conseguimos visitar apenas três casas na praça. Na primeira visitamos um senhor e a agente perguntou sobre os medicamentos que ele estava tomando, pediu para ver os medicamentos que ele já havia comprado e orientou sobre quais medicamentos ele pegava no posto.
Ao contrario do relato da Nicole, acredito que a Acs já trabalhava faz tempo nessa área, então ela conhecia bem as pessoas, a família, sabia o nome de quase todos, assim ela perguntava como todos estavam, sobre o trabalho, o que, na minha opnião, tornava a visita mais confortável para as pessoas que estavam recebendo a agente. Ela aproveitou e pediu para ver a carteirinha de vacinação das crianças que moravam na casa, verificou quando as pessoas tinham consulta marcada no posto, para relembrá-las.
As duas outras casas que visitamos tinham mães com crianças pequenas e a agente verificou as vacinas, as consultas e, também, perguntou se elas estavam na escola, se tinham bolsa família.
Achei muito interessante que a agente não se preocupou em conversar apenas sobre doença, ou remédios, e sim procurou levar uma conversa com as pessoas, dando atenção a vida delas como um todo.
Nós conseguimos visitar apenas três casas na praça. Na primeira visitamos um senhor e a agente perguntou sobre os medicamentos que ele estava tomando, pediu para ver os medicamentos que ele já havia comprado e orientou sobre quais medicamentos ele pegava no posto.
Ao contrario do relato da Nicole, acredito que a Acs já trabalhava faz tempo nessa área, então ela conhecia bem as pessoas, a família, sabia o nome de quase todos, assim ela perguntava como todos estavam, sobre o trabalho, o que, na minha opnião, tornava a visita mais confortável para as pessoas que estavam recebendo a agente. Ela aproveitou e pediu para ver a carteirinha de vacinação das crianças que moravam na casa, verificou quando as pessoas tinham consulta marcada no posto, para relembrá-las.
As duas outras casas que visitamos tinham mães com crianças pequenas e a agente verificou as vacinas, as consultas e, também, perguntou se elas estavam na escola, se tinham bolsa família.
Achei muito interessante que a agente não se preocupou em conversar apenas sobre doença, ou remédios, e sim procurou levar uma conversa com as pessoas, dando atenção a vida delas como um todo.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Relatório 4
Lemos textos sobre território, um assunto que, confesso, sempre me incomodou no SUS. Isso porque não consigo compreender porque alguém que mora mais perto de uma UBS não pode oficialmente participar dela somente porque não faz parte do território dela.
No artigo "A contribuição do conceito de território para uma gestão socialmente justa da cidade" pude conhecer a realidade da divisão de territórios de São Paulo. São 31 territórios bastante diferentes que demonstram bem a desigualdade sócio-espacial.
Cada qual busca a satisfação de seus interesses corporativos, enfraquecendo as lealdades coletivas e impedindo a afirmação de sentido de comunidade, o que complica o exercício da cidadania e da democracia.
No artigo "O território no Programa de Saúde da Família", pude compreender que a territorialização é uma tarefa muito importante e que requer a demarcação de limites das áreas de atuação dos serviços; de reconhecimento do ambiente, população e dinâmica social existentes nessas áreas; e de estabelecimento de relações horizontais com outros serviços adjacente e verticais com centros de referência. Além disso, aprendi também que o território, suas características naturais ou construídas pelo homem, estão diretamente relacionados com o processo saúde-doença da população. Por fim, a efetivação das ações de atenção, promoção e prevenção buscando melhores condições de vida resulta num olhar multiterritorial, através do qual se considera que que existem outras forças atuantes no território, além da lógica dos serviços de saúde.
domingo, 4 de novembro de 2012
23.10.2012
Havíamos
planejado fazer visitas domiciliares com as agentes comunitárias. Desde de
manhã chovia muito, e continuou assim quando chegamos à UBS. Acabamos
desmarcando as visitas e nos resolvemos por ficar na unidade, conversando sobre
o projeto. A Mara e a Gisella propuseram, a partir da leitura que elas fizeram
do blog, que nós fossemos conversando mais sobre nossas opiniões e aflições em
relação ao trabalho. A Isabella não estava se sentindo bem – alergia à tinta; a
UBS estava sendo pintada – e por isso resolvemos fazer reunião lá fora, na
entrada da unidade.
Descemos algumas
cadeiras de uma sala do NASF e fizemos uma roda lá na entrada. Foi interessante
ficar no meio do movimento da unidade, o que deu uma sensação mais nítida de
pertencer àquela comunidade. Comecei falando, a pedido da Mara e da Gisella, o
que eu tinha escrito no blog sobre a necessidade que sentia de nos colocarmos
mais no projeto e de construir uma equipe. Trouxe um pouco minha experiência na
Psicologia com a prática de supervisão, que acho interessante não só para
analisar um caso ou uma situação mas também para clarear o campo de trabalho e
desanuviar os sujeitos do impacto da experiência. Gosto do espaço de supervisão
exatamente porque, ao falar desse impacto, a escuta do grupo vai localizando-o
no interior de uma prática coletiva e as aflições podem ser compartilhadas, o
que dá uma alívio tremendo e oferece novas possibilidades de significação para
a experiência, portanto novos caminhos para serem percorridos no trabalho.
A Aline nos
contou que, ao saber que faríamos um projeto sobre violência, se sentiu muito
impotente diante do tema e foi pesquisar que intervenções já haviam sido feitas
em torno do bullying. A Gisella também se colocou em relação ao projeto,
dizendo que sentia ser mais difícil para ela analisar um caso de violência do
que atender alguém que havia sofrido algum tipo de violência. Ela se percebia
como de posse de um escudo no atendimento; na discussão de caso, no entanto, se
via mais implicada e saía tocada por aquilo. O Eduardo, do seu lado, trouxe a
vontade de trabalhar com adolescentes e de se debruçar sobre as questões
ligadas ao uso de álcool e drogas. Aí esbarramos em uma limitação do projeto:
esse seria uma tema a cargo do PET Saúde Mental. Embora estivéssemos fora da
unidade, ainda havia cheiro de tinta. A Isabella preferiu não falar; não estava
se sentindo bem e a Mara disse que tínhamos flexibilidade para delinear o
projeto, que a questão da escola tinha surgido por um demanda que ela tinha
recebido de uma das escolas da região.
Fomos continuando
a conversa. A Gisella, a determinada altura, perguntou se a Isabella não
preferia passar na demanda. Ela estava piorando visivelmente. Disse não e
preferiu descansar no carro do Eduardo, para ficar longe da tinta. Contei que
tinha lido um texto interessante sobre a intervenção de psicólogos na escola,
que se preocupava com os efeitos da entrada desse profissional no campo
escolar. O grande mote do texto era trazer a dimensão de uma luta por
concepções de educação e de sujeito no interior da escola, fazendo ver um campo
de forças no qual o psicólogo seria mais um agente. Mandei o texto para o
grupo, porque, apesar de ser sobre o trabalho de psicólogos, serve de
inspiração para cada um refletir sobre a entrada da sua profissão no campo
escolar. Outra contribuição interessante é o deslocamento que a autora faz para
que seja possível intervir não no objeto da queixa escola, sim no campo de produção
da queixa. Desloca-se do indivíduo, para que não se reafirme a individualização
de problemas em que a escola e o sistema sócio-educativo estão implicados mas
não se reconhecessem implicados, para as relações de força e poder em que se
constituem as práticas educativas e as próprias queixas.
A Gisella começou
a ficar preocupada com a Isabela, que tinha voltado para nossa roda. Fiquei
impressionado que, à distância, ela notou que a Isabela estava ficando com a
respiração mais curta. Ela, então, acabou voltando para o carro e a Gisella
resolveu começar um atendimento ali mesmo, fora da unidade. Não demorou muito
para uma assistente de enfermagem vir tirar os sinais vitais e logo a Carol,
médica, desceu para continuar o atendimento. Foi tudo muito rápido. A Isabela
tinha piorado muito. Estranhei que os olhos dela estavam muito para fora, com
as veias expostas, e o rosto, muito pálido. Com as medicações que a Carol e
Cris trouxeram, além de muita água, a Isabella foi melhorando também
rapidamente. E com isso acabou nossa terça-feira na UBS, com muita coisa para
refletir no caminho de volta.
Como pode um
lugar de promoção de saúde expor seus usuários à situações que podem
desencadear problemas como o que aconteceu com a Isabela? Não se trata de
apontar culpados, mas chama atenção o paradoxo, da mesma natureza da história
que alguém contou na reunião ampliada da faxineira da Faculdade de Letras que
não sabia ler. A UBS estava sendo pintada em dias da semana e o caso da Isabela
já é o terceiro de problemas acarretados pela tinta, segundo a Gisella. Por
outro lado, ficou tão evidente com essa situação o quanto estamos todos
sujeitos a adoecer, por mais que trabalhemos ativamente para que os outros e nós
fiquemos saudáveis.
Foi bom termos
compartilhado um pouco do que o projeto tem evocado na gente. Parece que um
campo comum começou a se configurar a partir da experiência de cada um, um
campo que pode acolher a sensação de impotência, o desejo de mudar o rumo do
projeto, as críticas, enfim, aquilo que cada um com a sua história vai podendo desvelar de um objeto em
comum. Algo que se esclareceu para mim com essa conversa é que estamos muito
aflitos para delinear logo um projeto ou uma atuação. Estava compartilhando
dessa pressa, que, agora, perdeu o sentido para mim: o PET é um projeto de 2
anos e, se a idéia é que pensemos em algo que possa ser incorporado pela
unidade, não vejo por que correr com a elaboração do projeto de intervenção e
pesquisa.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
26/10 - Nicole
A proposta de atividade do dia 26/10 foi que em dupla acompanhássemos uma ACS em algumas visitas domiciliares. Eu e o Mateus acompanhamos algumas visitas da área amarela: fomos com a ACS em uma determinada rua e passamos em todas as casas que eram cadastradas na unidade e que tinha alguém em casa. Uma das características dessa área é a grande presença de moradores idosos e isso pode ser observado durante as visitas, pois das 7 casas que passamos 5 tinha um ou mais moradores idosos.
Durante a visita e observando a abordagem feita nas casas percebi que o foco estava bastante na doença. As perguntas feitas pela ACS eram relativas ao controle da pressão arterial e da diabete ( doenças bastante prevalentes nas casas visitadas), se os remédios estavam sendo tomados regularmente e como estava a saúde do resto da família. Outra demanda que surgiu durante uma visita foi a solicitação de marcação de consulta. Alguns moradores relataram mais detalhadamente como estava a saúde e outros eram mais concisos. No geral achei a visita bem breve e senti falta de serem abordados outros temas, que não só referentes ao controle de doenças. Porém, a ACS que nós acompanhamos era bem nova na função, então o tipo restrito de abordagem feito por ela pode ser justificado por isso. Ela ainda não tem muita experiência na função.
De forma geral, considero que a visita domiciliar pode ser uma forma potente de promoção a saúde, pois o contato com a população é muito próximo e a formação de vinculo é potencializada. Além disso, o conhecimento das famílias e dos problemas que elas enfrentam é muito maior, e assim, podem ser propostas intervenções mais eficazes e que faça sentido no para as pessoas. Por outro lado, considero que a visita domiciliar também pode ser uma forma invasiva de intervenção, pois você tem um conhecimento muito mais profundo da família e adentra seu contexto, sua casa, seus problemas, fala o que está certo e errado em sua saúde, dessa forma o "controle" sobre a saúde do outro pode ser muito maior. Considero que esses aspectos devem ser sempre ponderados e avaliados para que a visita domiciliar seja efetivamente um instrumento de promoção de saúde da população e não de controle social.
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