sexta-feira, 15 de março de 2013

Segundo dia - um pouco além.



          No dia 11 fui novamente para a unidade, prosseguir no processo de conhecê-la. O primeiro lugar em que acompanhei o trabalho, por um tempo suficiente para perceber como era a dinâmica geral do setor, foi o balcão onde as consultas eram marcadas e eram dadas as informações gerais. Achei um local muito privilegiado de se estar na unidade no sentido da articulação entre os serviços entre si e sua relação com os usuários, pois era o primeiro contato desse usuário com os profissionais de saúde. Era onde a primeira assistência, no sentido mais amplo e não médico da palavra, se realizava. Como nos outros setores,  tudo era muito organizado e esquematizado. As funcionárias me explicaram brevemente sobre a nova divisão dos usuários por cores. Eram 4 grupos de cores, que seguiam uma divisão territorial, e no sentido prático, pelo que entendi, direcionava os horários das consultas.
           Numa área próxima ao balcão, os prontuários eram guardados. Quando um usuário chegava e era encaminhado, junto ao seu prontuário, á atenção primária, fichinhas indicando o procedimento a ser feito (curativo, medicação, exame, etc...) eram postas junto á esse prontuário. A meu ver, é algo bem simples de se fazer e que permite a fluidez na assistência e é parte da articulação entre os serviços. Outra observação nesse setor a ser comentada aqui é que foi visível o atendimento diferente que as funcionárias davam aos usuários ‘’carimbados’’ da UBS, ou seja, pacientes muito frequentes no lugar, cujas demandas são um tanto nebulosas, e que apresentam complicações constantes, até mesmo previsíveis. É bem provável que esse tratamento um tanto diferente não seja exclusivo do setor, mas por elas terem mais contato com todos os usuários, já incorporaram no seu modo de trabalho o lidar diferente com esses pacientes. O que chamo de diferente na forma de tratamento dessas funcionárias não envolvia nenhum tipo de desrespeito ou violência, era mais como se tivessem tolerância menor com as demandas muitíssimo complicadas desses pacientes.
Saindo do balcão, fui para a área da atenção básica, com profissionais da Enfermagem. Primeiro com o técnico, que ficava numa antessala. Ele lidava com os prontuários que chegavam com os usuários. Tinha uma conversa rápida, que envolvia não só os aspectos burocráticos do acompanhamento ao paciente, mas também aspectos relacionados ao  bem –estar.  Era algo como dizer um simples "está doendo muito?" seguido de uma brincadeira para uma criança machucada, mas que sem dúvida já era um cuidado.
 Por último, pude acompanhar uma consulta de atenção primária com uma enfermeira.  Foi uma conversa relativamente longa (se considerarmos o tempo de uma consulta com médico, por exemplo), na qual a profissional fez perguntas sobre os hábitos da paciente, sua rotina, o que comia, etc... A usuária se queixava de uma sensação constante de queimação na região do estômago, que piorava quando ela ficava nervosa por algum motivo.  
            Tive a oportunidade de ver o quanto a estratégia de atenção primária quebra com a lógica tradicional do atendimento de saúde, que exclui a conversa e o saber mais sobre o paciente como possível (e necessário) instrumento do trabalho de assistência.  Contando sobre como ficava muitas horas sem comer no trabalho, fiou claro para a enfermeira que os sintomas apresentados poderiam ser facilmente amenizados com uma mudança nos horários de alimentação, e no evitar alimentos ácidos. Essa foi a recomendação passada, e tive a clara impressão, que a paciente, ao sair da UBS, sentiu-se bem assistida. A usuária pediu para que lhe fosse passado algum medicamente, mesmo sabendo que a profissional não era uma médica. Não percebi sinais da sempre esperada noção tradicional de que o atendimento em saúde é hierarquizado. A enfermeira, porém, lhe explicou da impossibilidade de prescrever remédios, mas deixando claro que suas demandas não estavam sendo negligenciadas, me fazendo refletir sobre a importância da atenção primária. Mesmo que o usuário seja encaminhado ao médico, especialista ou não, posteriormente, a atenção primária se coloca como uma base forte e humanizada do atendimento público, como uma referência de cuidado na qual os pacientes acessam seu direito á Saúde.

Primeiro dia - primeiros contatos.


                                                                
No dia 8 de Março, fiz a primeira visita de reconhecimento á UBS. Embora já tivesse ido uma vez, não tinha circulado pelos setores e nem conversado com os funcionários acerca dos modos que os serviços eram realizados.
 O primeiro lugar visitado foi a farmácia, onde se entrega os medicamentos que constam na lista do SUS aos pacientes gratuitamente, e, pelo que percebi, onde é possível fazer uma espécie de controle do uso de medicamentos na assistência  de cada usuário, por meio de sistemas informatizados. Lá, a preceptora Cris nos contou,  para mim e a minha dupla, Thaís, do projeto amplo que está sendo realizado na UBS sobre a violência institucional lá presente, e a nossa parte em específico, que é a violência contra crianças, com particular enfoque na violência envolvendo gênero. Confesso que fiquei bem empolgada, já naquela hora pensamos nas possibilidades de pesquisa, referências, etc...
Depois, fomos ver rapidamente um grupo, acompanhado por uma psicóloga, de crianças com problemas na escola. Eram cerca de 10 meninos e meninas com idade de 8 a 12 anos, aproximadamente. Como infelizmente a visita foi bem rápida, não pude perceber tanto sobre o grupo, apesar de que, numa primeira impressão, pareceram crianças aparentemente típicas, com pequenas brincadeiras próprias de sua idade. Apenas uma delas me chamou a atenção, que acho justo comentar aqui. Um garoto de mais ou menos 11 ou 12 anos estava com um arranhão na altura da barriga, e puxava a camisa que estava vestindo, como que para mostra-lo.  Quando a psicóloga perguntou, em tom de brincadeira, como ele tinha se arranhado, ele respondeu, também rindo e com olhar convencido, que tinha sido arranhado pelas meninas, pois era ‘’gostoso’’ demais. O diálogo me chamou a atenção pela coincidência com o tema de nossa parte da pesquisa sobre violência entre crianças, a que envolve gênero. Pensei que a resposta do garoto era uma boa abertura para conversar sobre violência entre meninos e meninas, seus significados,  suas diferenças, aspectos sexuais dos pequenos conflitos lúdicos (especialmente nessa idade), etc... O tempo era corrido, mas de qualquer modo, já fiquei satisfeita em perceber que, a julgar por esse episódio, as crianças não estarão de todo fechadas para conversar sobre esses assuntos.
Depois, fomos de carro conhecer o território, mas fomos impedidos de continuar pela chuva forte. Acabamos vendo apenas a parte mais economicamente privilegiada do lugar. O que chamava  imediatamente a atenção era a gritante a desigualdade social no lugar, verdadeiras mansões perto de barracos, um colégio particular caro e enorme contrastando com o colégio público do bairro.  Alguns moradores dessas mansões são usuários cadastrados na UBS, mas são bem poucos, e boa parte deles, funcionários dessas casas que dormem lá. Era curioso o motorista já ter memorizado quem eram essas pessoas, suas respectivas casas e até suas profissões, de tão poucos.
Retornamos então á unidade e fui ver o serviço de agendamento de exames  e consultas especializadas.  A responsável me explicou que usava o sistema SIGA,  um sistema informatizado padrão, usado pela maioria dos serviços de saúde no estado de SP. Era um sistema muito prático, o formato do site era bem intuitivo e lá as informações sobre todos os usuários eram armazenadas. Também me falou sobre exames laboratoriais requisitados pelos profissionais da saúde aos usuários, que entregavam os materiais na própria UBS. A unidade então se encarregava de encaminhá-los, ou para um laboratório do governo, ou para um particular contratado. O último setor a ser visitado foi o da vacinação, que tem uma história bem antiga no lugar, e, ao meu ver, uma história bem antiga também no imaginário dos usuários, que estão há muito  acostumados a ver posto de saúde como ‘’posto de vacinação’’.  Um profissional cuidava do lugar, e explicou para mim e para Thaís o calendário oficial de vacinação, seus próprios registros e que também usava o Sistema Siga. Comentou conosco que era um serviço chave, pois, por meio das crianças pequenas, que são constantemente vacinadas por certo período, podia conversar com suas famílias sobre a saúde deles, sobre a situação da carteira de vacinação da mãe, etc..
Foi um dia bem proveitoso, em que pude ver a variedade de serviços que há na Unidade, como todos conseguem ser bem sistematizados, mas não fechados. Que se organizam em esquemas bem padronizados e com procedimentos fixos, mas não esquecem a flexibilidade necessária para que um serviço de saúde que lida com várias pessoas diferentes possa ser o mais abrangente possível. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Nos bastidores da UBS - Parte 2



A atividade prevista era reconhecer o território coberto pela UBS Jd. D'Abril e os setores que ficaram pendentes. Eu estava bastante interessada e, posso dizer até curiosa, para conhecer mais sobre a população coberta pela UBS. Porém, assim que saímos da unidade, começou a chover e, devido a força da tempestade, tivemos que retornar à unidade.
Em nosso curto passeio notei a interface em que a unidade se encontra, como um vértice entre dois ângulos congruentes. As duas faces do território apresentem diferenças socioeconômicas visíveis, com limites tão tênues que é difícil caracterizar os possíveis usuários. Digo possíveis, pois em conversa com minha preceptora e com o motorista, pude perceber qual face usufrui mais da UBS.
De volta à unidade, conheci mais sobre a farmácia, o setor administrativo e a vacinação. O ponto em comum entre eles foi a tecnologia, ou melhor, a informatização das informações. A fim de controlar e organizar as atividades realizadas, os 3 setores operam com sistemas computadorizados do Ministério da Saúde, é a conexão da porta de entrada do sistema de saúde ao seu órgão máximo, e desta unidade com outras, como é o caso do cadastramento de remédios na farmácia.
Ao final das atividades, a preceptora Cris informou o tema de projeto, Violência na Escola: Distinção de gêneros, e esclareceu como ocorrerá seu desenvolvimento. Eu e minha dupla, Luana, já tivemos algumas ideias. Vamos desenvolvê-las e logo mostrar para a outra dupla que trabalhará conosco.

Até mais,
Thaís Lima

segunda-feira, 11 de março de 2013

Para Docente da FSP USP, SUS jamais se efetivou desde sua criação

Veja comentários do Prof. Dr. Paulo Capel Narvai, Professor Titular e Chefe do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, na matéria “Serviço público - A saúde do Sistema Único”, publicada na Revista do IPEA - , edição 76 (2013), sobre o livro “SUS: o desafio de ser único” (Editora Fiocruz, Rio de Janeiro, 2012), de autoria do economista e Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Carlos Octávio Ocké-Reis.

Nos comentários, o Prof. Dr. Paulo Capel Narvai, reforça os argumentos do pesquisador, afirmando que o SUS jamais se efetivou desde sua criação. “Prevaleceram, nos anos que se seguiram à sua aprovação, as forças políticas que não tinham compromisso com sua efetivação. Todos os governos federais desde então deram sua contribuição para sepultar o ‘SUS constitucional’, começando com o governo Collor, que se recusou a descentralizar o sistema, manietando Estados e municípios, centralizando decisões e impondo um tremendo subfinanciamento cujos efeitos se fazem sentir até hoje. Nem Lula, nem Dilma conseguiram reverter esse cenário. Não obstante o avanço de várias políticas sociais na última década, o financiamento do SUS, como proporção do PIB, segue inferior a muitos países da América Latina, como Argentina, Chile e México”, explica.
 
Leia aqui, a matéria na íntegra:

Mais informações, com o Prof. Paulo, pelo e-mail: pcnarvai@usp.br ou pelo tel.: (11) 3061-7782.

Dia Mundial da Saúde será comemorado pela FSP USP

Hipertensão é o tema do Dia Mundial da Saúde em 2013, por decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para comemorar a data, a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP programou uma Conferência Especial a ser proferida pelo Dr. José de Filippi Jr, Secretário Municipal de Saúde de São Paulo.

A atividade, organizada pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx), será realizada no dia 8 de abril, segunda-feira, das 14h00 às 17h00, no Anfiteatro João Yunes (Av. Dr. Arnaldo 715, Cerqueira Cesar, São Paulo), e se destina a alunos de graduação, pós-graduação, docentes e pesquisadores da FSP. Mas, considerando a importância do tema e do conferencista convidado, o evento será aberto ao público, sendo necessária inscrição prévia www.fsp.usp.br

Mais informações sobre a Conferência podem ser obtidas na secretaria da CCEx/FSP. Telefone: (11) 3061-7787; Email: svalunos@fsp.usp.br

Acesse aqui, a ficha de inscrição:

Serão fornecidos certificados de participação.

A FSP/USP não disponibiliza estacionamento.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Algumas referências sobre violência

Links onde encontram-se disponíveis fontes referentes à produção editorial do Ministério da Saúde e entidades vinculadas. 

No quadro à direita, pode-se escolher a temática: crianças e adolescentes, etnias, mulheres, trabalhadores, idosos, etc.

 




Textos sobre violência contra os idosos:







 

Texto já citado por Aline e Nicole:




Violência Institucional

   Na semana passada a atividade que me foi proposta foi que eu observasse a ocorrência de episódios de violência na recepção. De modo geral, pude observar que a incidência da violência verbal entre fúncionários e pacientes é pequena. Durante o tempo que observei (pouco mais que 1 hora) apenas um paciente se mostrou visivelmente irritado e foi agressivo com a recepcionista, gritando com ela.
   Como apenas um dos inúmeros pacientes que foi atendido foi agressivo, pode-se concluir que este incidente representa apenas um caso isolado e de pouca importância. É importante ressaltar que o horário (entre o meio dia e duas horas da tarde) em que estive na recepção é o horário no qual o maior número de pacientes são atendidos, e é o horário no qual as recepcionistas saem para almoçar.Também é importante ressaltar que foi um dia atípico, pois o número de pessoas que a recepção estava atendendo era muito maior que o normal.
   Levando isso em consideração, fica claro que o horário do almoço é muito problemático, por ser um horário no qual os pacientes são atendidos mais lentamente devido a ter apenas uma recepcionista que fica sobrecarregada. Por causa dessa característica, e também por ser o horário no qual o maior número de pessoas são atendidas, é esperado que este seja o momento no qual há a maior incidência de violência institucional.
   Mas como já foi dito anteriormente, a incidência de violência foi muito pequena, e mesmo esta incidência tem uma questionável relevância, pois não houve qualquer possibilidade de violência física e apenas ocorreu uma reclamação do funcionamento da UBS com gritos. Os funcionários que estavam na recepção foram muito simpáticos com os pacientes e entre eles.
   Na recepção pude observar uma insatisfação geral dos pacientes por não entenderem o funcionamento da UBS, eles estavam muito confusos com os diferentes horários de atendimento das quatro cores da UBS e a qual cor pertenciam. Muitos pacientes queriam ser imediatamente atendidos, mesmo quando chegavam poucos minutos antes do limite de horário do atendimento da sua respectiva cor. Por causa disso muitos pacientes argumentavam que seu caso era grave, e queriam ser encaminhados para a Demanda.
    Com esta observação pude constatar que de maneira geral os pacientes estão insatisfeitos e querem ser atendidos rapidamente, o atendimento na UBS é bem realizado apesar dos funcionários ficarem sobrecarregados devido o horário de almoço. De maneira geral acredito que a UBS funcionaria melhor se de alguma maneira os seus pacientes entendessem melhor seu funcionamento, e se de alguma forma a Demanda fosse menos solicitada por eles.

quarta-feira, 6 de março de 2013

28/03/13

Olá pessoal, boa tarde!
No nosso último encontro Isabela e eu fomos informadas sobre as mudanças que ocorreram na nossa equipe. A preceptora  Cris (farmacêutica) e as duas novas alunas do PET passaram a fazer parte da nossa equipe. Nossos encontrontos serão realizados às quintas-feiras ao invés das terças e esporadicamente nos reuniremos as sextas com as novas intregrantes.
Neste encontro tentamos delimitar o nosso tema "violência na escola". "Violência na escola: distinção entre os gêneros" será o braço que iremos tentar desenvolver.
Isabela e eu levantamos uma breve bibliográfia sobre o braço em questão (abaixo) e estamos estruturando o pré-projeto que será apresentado na escola para que enfim possamos dar início as atividades na mesma. Assim que o pré-projeto estiver pronto compartilhamos com vocês. Abaixo os links do material encontrado:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-21012011-152310/pt-br.php
http://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30388.pdf
http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/aps/v23n2/v23n2a03.pdf
http://www.scielo.br/pdf/cp/v36n127/a0336127.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37003/000787333.pdf?sequence=1
http://eduemojs.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3479/2512

terça-feira, 5 de março de 2013

Nos bastidores da UBS


Sexta-feira, 1 de março, foi meu primeiro dia de atividade na UBS Jd. D’Abril. Todos me receberam muito bem, muitos sorrisos, simpatia e muita disposição para me explicar o funcionamento e a rotina de trabalho.
Conheci os setores, a distribuição dos atendimentos e da região, as tarefas da vigilância sanitária e acompanhei uma paciente que estava sendo atendida pela demanda.
Durante toda visita pensei no conceito de atenção primária, apresentado no texto Esse tal de SUS. “A atenção primária é a porta de entrada do sistema, com profissionais generalistas, menos aparatos tecnológicos, demandam problemas mais comuns, exerce prevenção e procedimentos curativos simples”. Se esse nível funcionar adequadamente menos pessoas terá de recorrer á atenção secundária e terciária, diminuindo os custos.
Enquanto esperava para iniciar as atividades, presenciei uma cena significativa na sala de espera da recepção. Uma paciente reclamava da demora do atendimento do marido. O paciente estava aguardando calmamente e, quando questionado sobre seu bem estar afirmava constantemente que estava bem. Uma das agentes de saúde conversou com o casal e se assegurou de que estava tudo bem. Mas a senhora não parava de repetir: “Está vendo, se a gente tivesse ido ao pronto socorro já estaríamos em casa com o seu remédio!”.
Essa experiência reforçou o fato de para que o conceito de atenção primária seja efetivo e real é de extrema importância que a sociedade saiba sobre a organização e a função de cada nível de saúde. As pessoas devem entender qual tipo de serviço é mais adequado para solucionar o seu problema. Qual entidade de saúde (UBS, AMA AME, Hospitais especializados) lhe oferece resolutividade. E é “dever” do sistema de saúde oferecer todos os níveis de assistência de maneira irrestritiva à qualquer cidadão, universalidade.
E nós, como profissionais de saúde e como cidadãos que detém esse conhecimento, devemos disseminar isso entre as pessoas, de maneira à contribuir par o bom funcionamento do sistema.
Conhecendo o setor de regulamentação pude perceber a integralidade entre os serviços de saúde. O exame de sangue é coletado na UBS e encaminhado para análise em laboratório. Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços.
O setor que despertou meu interesse foi a Vigilância Sanitária. Folheando a pasta de notificações do ano de 2012 retomei a importância da Epidemiologia. As informações coletadas paramentam e direcionam as ações em saúde. Apontam quais as necessidades imediatas de determinada população, contribuindo para angariar resultados.
Gostei muito de conhecer os “bastidores” da UBS Jd. D’Abril. Aprendi muito, retomei conhecimentos e entendi melhor alguns conceitos.
Thaís Lima

segunda-feira, 4 de março de 2013

Rede da Multidisciplinaridade

Oi gente!!
Para quem não me conhece, eu sou a Thaís, aluna de terceiro de Fisioterapia.
Vou integrar o PET na UBS Jd. D'Abril.
Como primeira tarefa, posto meu parecer sobre o artigo "Esse tal de SUS".


O ponto forte do texto são as relações estabelecidas durante seu desenvolvimento. Juntas, as relações constroem uma rede de conceitos básicos e importantes para entender a importância do trabalho multidisciplinar. Destaco três principais.
A relação estabelecida entre saúde, educação e cultura foi essencial para fixar a ideia de saúde como um conjunto de fatores sociais. Demonstrando que saúde, desenvolvimento social e econômico caminham juntos. Um não existe sem o outro.
Outra relação objetivamente exposta está entre cura e prevenção, saúde individual e coletiva. Não há separação ou dependência entre elas, há a necessidade do indivíduo. Essa necessidade deve ser o foco, e para atingi-lo cura e prevenção devem se conciliar, em palavras mais simples, trabalhar em equipe.
A forma como é descrita a relação hierárquica entre os três níveis de atenção à saúde delimita as competências de cada nível, ressaltando a importância do bom funcionamento de cada um. Como o clássico exemplo do relógio, para que tudo funcione corretamente cada engrenagem deve executar sua função adequadamente.
Essas três relações dão base tanto à construção quanto à aplicação das principais diretrizes do SUS. Na essência de cada uma dessas relações está a multidisciplinaridade. Para manter a necessidade do indivíduo como foco, entendendo todos os fatores sociais é necessário o trabalho em equipe.

Thaís Lima