sábado, 29 de setembro de 2012

Caronas e Facebooks

     Bom galera, esse post aqui existe para pegarmos o facebook de cada um, para interagirmos melhor. Isso será muito importante mais pra frente, se precisarmos fazer um seminário ou qualquer coisa do tipo em conjunto. Podemos até criar um grupo no face para a ocasião.
Aqui vai o meu: http://www.facebook.com/eduardo.rejowskidecarvalho

     Em relação as caronas, toda terça ou qualquer outro dia de reunião geral eu passo pela Cidade Universitária (entro pelo P1 e saiu pelo P2). Se alguém tiver interesse é só me ligar: (11) 9 9989-1188 ou deixar uma msg Inbox no face.

Beijos e abraços

Relatório Edu - 25/09/2012

Boa noite a todos!

Bom essa é a primeia postagem minha e vou falar da minha percepção no dia 25/09/2012.
Muitas coisas me chamaram a atenção, principalmente em relação a infraestrutura da UBS Jd D'Abril.
Ao meu ver algumas salas mudaram e foram amplificadas e a máquina de estereficação (cujo o nome eu sempre esqueço) foi concertada, acabando assim com o custo de transporte de materiais contaminados para outra UBS.

Contudo o que mais me chamou a atenção foi sem dúvida a palestra da Dra. Mia Umeda a respeito da Hanseníase (Lepra). A palestra foi muito boa e me acrescentou muito porque ainda não tinha ouvido falar muito dela na faculdade. Outro detalhe importante foi a presença de muitos Agentes de Saúde, que representam uma papel fundamental na estratégia de Saúde da Família. Sempre é bom conviver e interagir com as pessoas que fazem o elo paciente-UBS.

De resto um forte abraço a todos e bom PET 2012/2013 para nós!

25/09/2012

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Primeira atividade na UBS do Jardim d’Abril. Na reunião, havíamos acertado que eu e o Eduardo seríamos uma dupla, cuja preceptora seria a Gisela, enfermeira. Quando cheguei à UBS, encontrei a Mara, assistente social e também preceptora, com a sua dupla, Isabela, da odontologia, e Aline, da nutrição. Em vez de nos separarmos em dois grupos, faríamos os seis uma visita aos espaços da UBS e assistiríamos à capacitação de agentes de saúde sobre hanseníase.

A Mara e a Gisela foram nos guiando pelos corredores e salas da unidade. Os serviços nos foram apresentados quando chegávamos ao local em que eles aconteciam. Curioso isto, não tinha me ocorrido na hora: é muito forte a ligação entre uma prática e o espaço em que ela ocorre, tão forte que a prática se deu a conhecer a partir do lugar que ela ocupa na unidade. Nesse sentido, interessante pensar que há uma especialização muito grande no espaço – a farmácia, a sala do dentista, consultórios médicos, sala do serviço social – e que ela realmente deve ser necessária para dar conta das demandas que o a UBS recebe. Por outro lado, o SUS tem como horizonte uma prática universal e integrada, que podemos entender como sendo para todos e também por todos. Que espaços da UBS facilitam um trabalho interdisciplinar, integrado? Agora me ocorrem apenas as salas de reunião.

Durante a visita das instalações, me senti inundado de informações. O serviço é muito extenso e me pareceu cheio de meandros e especificidades, que gostaria de ter conhecido com mais calma. A cada lugar que eu ia entrando, um mundo ia se esboçando para mim: todo um jeito de se pensar a saúde, as relações com a comunidade, como se lida com os usuários e que demanda costumam ser identificadas com cada setor. O que me chamou mais atenção foi com as práticas do serviço social ora se aproximam muito de práticas da psicologia ora contrastam bastante com elas. Lá se trabalha muito com famílias, pensando a dinâmica familiar, o que não é estranho para a psicologia. No entanto, tive a impressão que se trabalha a partir de pârametros já concebidos do que seria uma família funcional, uma noção que pode ser problematizada por muitas correntes de pensamento da psicologia.

Interrompemos a visita no meio, acho que tínhamos terminado de visitar a sala de vacinação, para assistir à capacitação dos agentes de saúde. Nesse momento me percebi com um completo estrangeiro, pois se tratava de uma médica apresentando slides sobre hanseníase para vários agentes comunitários. Formas de detectar a doença, dados epidemiológicos, fotos de pessoas com a doença. Perguntas sobre neurite e como diferenciá-la da hanseníase. Aí já estava me sentindo um marciano: o que um aluno de psicologia está fazendo aqui? Acho que não era o único que pensava assim. No final da apresentação a médica se dirigiu a mim: “Primeiro ano?” “Não. Estou no terceiro. E cada um aqui é de uma faculdade diferente.” “Ah, mas vocês já tiveram dermatologia?” “Não eu faço psicologia!” “Ah...” Ela, então, começou a conversar com o Eduardo, que estuda medicina. Depois de um tempo, voltou a falar comigo e disse que, “de psicológico”, a hanseníase tinha muito preconceito. Que ela recomendava para os pacientes nem contarem o diagnóstico deles, só para a esposa ou esposo. E quando ia justificar o afastamento do trabalho, colocava outro CID. Fiquei pensando que lugar a psicologia pode ou poderia ocupar nesse cenário. Voltando-se para o trabalho dos agentes? Colocando-se em diálogo com os outros profissionais, em uma proposta interdisciplinar?

Terminamos a visita rapidamente. Faltava pouco coisa para conhecer. Visitamos a sala em que se faz um primeiro atendimento, a farmácia e a área restrita para funcionários. Ah, fomos também ao RH assinar o ponto. Enquanto dirigia, voltando da UBS, fui pensando que o que mais me ocupou durante as atividades foi o interesse em saber como é possível construir um campo em que as diferentes práticas e os diferentes saberes ligados à saúde interajam e convivam colaborativamente. Pelo que vi lá, não é fácil. Há muita especialização dos profissionais e cada um goza de um status profissional que pode ser mais ou menos valorizado. Também me interessou observar como já há uma posição pré estabelecida para cada profissão. Achei estranho, por exemplo, estar numa capacitação sobre hanseníase, como se eu não coubesse ali e não fosse um assunto da minha área. E a médica, ao me identificar com a psicologia, me endereçou questões específicas. Pensei, ainda nesse sentido das diferentes profissões em um mesmo campo, que cada uma dessa profissões compõe um olhar singular para esse campo. Seria diferente se a Ana Paula me apresentasse a UBS, pela sua pessoa e pela sua profissão. O olhar de um pessoa constrói uma imagem muito própria daquilo que o olho observa. Se são muitos os olhos e olhares, mais diversas serão essa imagens, embora elas sejam evocadas por um mesmo objeto do olhar. Mas será que realmente é o mesmo objeto? A UBS apresentada pela Mara e pela Gisela seria a mesma que outras pessoas me apresentariam?

(Nicole, acabei de ler seu relato. Fiquei curioso para saber se você se sentiu uma paciente fictícia o tempo todo ou se, no meio do processo, acabou se percebendo como paciente de fato.)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Primeiro encontro - 28/09 - Nicole


Olá!!!

Hoje foi nosso primeiro encontro na UBS Jd D'Abril. Minha dupla é o Mateus (enf) e a outra dupla que também está nesse horário com a gente é a Thaína (enf) e a Isabel ( farma). Trabalhamos juntos hoje :)

A proposta foi que realizássemos atividades para conhecer melhor a UBS (os fluxos de atendimento, a população que frequenta, os profissionais presentes, os procedimentos realizados etc).  Passei-me por uma paciente fictícia ( com uma queixa de saúde descrita na proposta da atividade) que se caracterizava como demanda espontânea, e pude acompanhar como é o fluxo  de atendimento para uma pessoa que chega dessa forma na UBS, ou seja, que chega para uma consulta que não é agendada. Passei pela sala das auxiliares de enfermagem para fazer alguns exames básicos (aferir pressão, medir temperatura e frenquencia cardiaca), em seguida passei por uma consulta na enfermagem e por ultimo por uma consulta médica, que prescreveu alguns exames que deverias ser feito para a confirmação de alguma das hipóteses diagnósticas ( hipoteticamente, é claro).

No geral achei o atendimento muito atencioso e eficiente. Nesse processo todo o que consumiu mais tempo de espera para o atendimento foi a consulta médica.    
       
Acho que a proposta foi bem interessante, pois tivemos a possibilidade de vivenciar na prática a rotina da UBS e conhecer um pouco melhor o contexto que estamos adentrando.
        
Deixo como recomendação de leitura um capítulo escrito por Lígia Giovanella e Maria Helena Magalhães Mendonça, chamado “Atenção Primária a saúde”: http://www.ins.gob.pe/repositorioaps/0/0/eve/evento_maestria/Giovanella%20L%20Mendon%C3%A7a%20MH%20APS.pdf
Esse capitulo expõe sobre a história, conceitos e abordagens da APS no Brasil;  aborda os principais atributos da APS ( serviço de primeiro contato,  longitudinalidade, vinculo, adscrição territorial da clientela,  integralidade, coordenação do cuidado etc), que já pude visualizar alguns desses aspectos no contato com a UBS hoje; o capitulo também  aborda sobre a estratégia de saúde da família e outros aspectos relacionados a APS que são muito importantes para nós estudantes, que estamos começando um trabalho nesse campo.
Foi um dia muito enriquecedor pra mim e estou bastante empolgada para a continuidade desse trabalho. =D

"O homem, o mais potente dos modos finitos, é livre quando entra na posse da sua potência de agir" (Deleuze, 2002)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Bem-vinda, turma 2012!


Prezados participantes do Pró-PET Jd. D´Abril,

Sejam bem-vindos!

Teremos muito trabalho pela frente!

Durante as quatro horas que vocês deverão se dedicar ao Pró-PET fora da UBS, vocês deverão manter um "diário de bordo" aqui no blog, relatando suas atividades, aprendizados, percepções, dúvidas, descontentamentos, sugestões, elogios, reflexões, etc. 

Além disso, vocês realizarão levantamento teórico sobre diversos temas relacionados à atenção primária. Comente sobre seu aprendizado aqui, também!

Este é um espaço de crescimento e compartilhamento multiprofissional - aproveite-o!

Deverá haver, por semana, no mínimo uma postagem e um comentário a postagem de colegas.

Mãos à obra!

abraços,